domingo, 13 de março de 2022

ARTIGO - João Leão o candidato a senador de ACM Neto (Padre Carlos)

 


Em política os erros não tem perdão



 

 

             Se existe uma arte que não perdoa erros, esta com certeza é a política. Digo isto, porque nem todos sabem honrar compromissos, manter amigos, respeitando e tendo consideração. Por isto a arrogância e a autossuficiência dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores quando em um programa de rádio na capital baiana anunciou as alterações na chapa majoritária sem discutir ou pelo menos comentar primeiro com a base aliada, além de um erro primário, deixa dúvidas se realmente o partido que se diz pragmática, quer realmente continuar governando o estado.

 

 Com este comportamento pensei quais seriam os verdadeiros motivos que levaram o senador Jaques Wagner, a cometer esta garfe e se seu objetivo era mesmo manter a base do governo unida? Quem tem décadas de vivencia no meio político e capacidade de negociar, saberia que aquela fala não condiz com quem tem a tradição de sentar para negociar com os que têm “fome de leão”.

 

Mesmo sabendo que não é de hoje que as articulações do deputado federal Cacá Leão, tenciona deixar Rui e passar para a base do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), não tivemos cuidado e agora vamos pagar caro. Cacá cultivou entre os correligionários o desejo de abandonar o barco e agora conseguiu porque o velho Leão tem uma visão acumuladas de anos e enxergou uma fragilidade do PT e a falta de liderança com a saída dos dois senadores das disputas.

Quando Neto seduz os Leões, ele leva em conta dois fatores: primeiro que a União Brasil ou o antigo DEM é um partido com pior índice de evolução nas prefeituras baianas nas últimas cinco eleições; já o PP é o segundo partido no estado com o maior número de prefeitura. O segundo está relacionado com a necessidade que ACM Neto tem de deslocar a base do seu adversário para conseguir vencer. Assim, o Neto da cabeça branca segue a cartilha do nosso pensador italiano que ensinava que o príncipe audaz deve tentar “dividir para governar” (ou reinar). “Divide et impera” – orientava-o.

 

O primeiro erro de Rui e Wagner foi achar que a direita na Bahia estava morta, ao ponto de ser ingênuo e querer abrir mão da hegemonia na frente. Isto só não aconteceu porque o senador Otto (PSD) não aceitou. Precisávamos do PP, como precisamos do PSD, e seria natural sentar para negociar, o que os lideres petistas não poderia ter feito era entrar em campo com um time reserva e querer que sua torcida batesse palma.

 

 

 


Nenhum comentário:

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...