A frágil democracia brasileira
Eleições permanentes e alternância no poder são
essenciais. Mas, o cidadão tem que se responsabilizar pelas escolhas feitas nas
urnas. Não adianta fazer discursos enfurecidos diante dos escândalos de
corrupção e depois dar ao corrupto o conforto de ter um mandato renovado para
mais quatro anos. Eleições em profusão pouco adiantam se não estamos dispostos
a cumprir os mecanismos institucionais que permitem que os que descumprem suas funções (e
as leis) sejam responsabilizados com pressupostos penais que causem punibilidade.
Por que supomos que esse revezamento de nomes e siglas nos cargos
governamentais é solução única para nossos males? Por que nos contentamos com
tão pouco?
Deixo claro
que a mais deficiente das democracias é sempre melhor do que a mais eficiente
das ditaduras. No entanto, atento para a (falta de) qualidade de nossa
democracia, das nossas eleições, da compra de votos e do uso da máquina
pública. Não que tenhamos, neste momento, ameaça de um revés autoritário. Mas,
isso é tudo? Nossa democracia tem seríssimas deficiências que esta eleição fez
aflorar. Senão, vejamos. Onde estava à Justiça Eleitoral, quando houve suposto abuso de poder
político através do uso da máquina pública?
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