Taizé
se mantem jovem
Há 80 anos, em agosto de
1940, Roger Schutz estabeleceu-se num sitio que comprou na pequena aldeia
francesa de Taizé. Roger tinha completado os
estudos para pastor protestante, mas sonhava ser agricultor e poeta. Sensível
ao drama dos refugiados numa Europa em guerra começou por dedicar-se a
acolhê-los e a ajudá-los a escapar da perseguição nazista através da fronteira da
neutra Suíça, o seu país de origem.
Ao completar oito década de existência, Taizé continua rezando como na sua fundação três vezes ao dia. A vida de oração, comunitária e os cânticos dos monges de Taizé começaram a atrair jovens de todo o Mundo, que passaram a reunir-se ali aos milhares. Antes de entrar no seminário, tive esta oportunidade de conviver com estes monges um ano e foi importante para entender verdadeiramente sobre o movimento ecumênico. Esta é a mística de Taizé e do Irmão Roger, um dos mais importantes centros ecumênico, ela parte da ideia que católicos, evangélicos, protestantes, ortodoxos, anglicanos e muitos outros grupos cristãos se sentem à mesa para debater sobre temas que a eles são comuns, por exemplo: o testemunho cristão em terras distantes; os trabalhos sociais que se podem fazer juntos; a produção acadêmica; liberdade religiosa; entre outros.
Embora
os jovens constituam o maior número, há também adultos e até idosos. Três
gerações vivem naquela colina, o que enche de alegria o irmão Alois, o atual
prior da comunidade, e o surpreende, como reconheceu numa entrevista ao
"L"Osservatore Romano", o jornal da Santa Sé.
Todas
as noites, depois da última oração, os irmãos de Taizé colocam-se à disposição
para escutar os peregrinos. Alois fica admirado com "a profunda sede
espiritual que muitos deles expressam". Para as gerações mais jovens,
"a fé está ligada a um compromisso muito concreto": muitos dos jovens
revelam, por exemplo, preocupações ecológicas. "Não só falam delas, como
também querem assumir um compromisso concreto para salvar o ambiente".
Padre
Carlos
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