quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

ARTIGO - Estão dando o governo para ACM Neto. (Padre Carlos)

 


Estão dando o governo para ACM Neto.

 




Nunca pensei que depois de mais de quarenta anos fazendo política, pudesse vê um partido de joelho diante de suas lideranças e entregando para oposição um governo que em 16 anos revolucionou a Bahia. Quando falo isto, me refiro a omissão do seu diretório e a falta de vontade política das suas lideranças. O PT não quer mais governar, isto é um fato diante das posições que vem tomando nos últimos dias, assim só resta compor uma chapa sem perspectiva de vitória e entregar de mão beijada para oposição e a ACM Neto o governo do estado.

 Mas porque estou falando isto? Um dos fatos que chamou minha atenção nesta manhã foi à pesquisa da Real Time Big Data divulgada nesta quarta-feira (23), ela mostra o quanto à posição dos lideres petista está equivocada. Os últimos acontecimentos políticos mostram que a disputa pelo Governo do Estado e pelos demais cargos em disputa já começou, com os grupos políticos em constante movimento. Na situação, em especial no PT de Wagner e Rui, os fatos revelam a necessidade de mais capilaridade para ser competitiva e também as dificuldades típicas da política baiana para formar um grupo coeso e significativo. 

 

         Diante de uma nova composição na chapa governista, o instituto de pesquisa resolveu fazer uma consulta mostrando dois cenários, em que os nomes dos candidatos são apresentados. O fato mais surpreendente foi quando ao apresentar o senador Jaques Wagner à vantagem da oposição não seria tão grande e com a força da militância e do Presidente Lula poderia ser revertida. Desta forma, quando o senador aparece como candidato a governador, ACM Neto aparece com 45% das intenções de votos, contra 30% do petista. Uma diferença de 15 pontos em um cenário onde não começou a campanha e Lula ainda não foi acionada para vincular a imagem das mudanças.

Quando o candidato da situação é o senador Otto Alencar (PSD), ACM Neto dispara para 48% de preferência e com tendência na margem de erro de ganhar no primeiro turno, contra 17% do presidente estadual do PSD. O início do ano eleitoral começa a mostrar ao governador e seu grupo no Estado a necessidade de contornar contradições para agregar partidos, parlamentares e prefeitos em nome de uma candidatura competitiva e isto só acontecerá se o galego tiver o mesmo olhar de falcão que tinha em 2006. Outra questão bastante delicada é a divisão dentro e fora do seu partido, não basta disputar a eleição com o PSD é preciso ter um candidato competitivo e ganhar.

Avaliando o espectro político, as dificuldades estão claras e demandam habilidades políticas para serem superadas. A primeira é em relação ao arco de alianças para o pleito e a falta de vagas na chapa majoritária. Há a necessidade de a pré-candidatura de Wagner (PT) pela facilidade da sua liderança e carisma, formatar o apoio das legendas, uma dificuldade que o grupo ao centro direita encontraria com certeza.

Quando uma espada em forma de caneta paira sobre as cabeças de muitas lideranças e dirigente partidário o silêncio ensurdecedor da Executiva, do Diretório, dos dep. federais e estaduais me fizeram lembrar uma frase: O que é melhor morrer em pé ou viver de joelhos?

 Faço esta pergunta porque ela tem um profundo significado revolucionário, que exige insubordinação, insurreição e luta baseadas em ideais de justiça e igualdade. Nesse sentido, invoca certo senso de heroísmo, de sacrifício na batalha, em vez de submissão e conformidade com um sistema cartorial.

 


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