“Brasileiro só fecha
a porta depois de roubado.”
Nunca foi tão certo o
ditado popular que diz: “Brasileiro só fecha a porta depois de roubado.” Ou
ainda: nada como uma crise para a gente cair na real. Isso vale, hoje, para
problemas novos e antigos, como a questão do Coronavírus e o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor das
arboviroses: Dengue, Zika e Chikungunya.
Precisamos
fazer um levantamento do mundo real, do que está acontecendo realmente na
epidemia de dengue em Vitória da Conquista. Qual o resultado da Avaliação de
Densidade Larvária (ADL), que mede o grau de infestação do mosquito Aedes
aegypti, que transmite a dengue, zika, chikungunya e febre amarela em nosso
município? De acordo com parâmetro do Ministério da Saúde, o resultado é
avaliado da seguinte forma: menor que 1,0 é satisfatório; de 1,0 a 3,9, alerta;
e acima de 4,0, alto risco.
Será que fomos
surpreendidos, ou não demos a devida importância sobre os avisos que o Ministério
da Saúde vinha imitindo desde o final do ano passado.Com exceção do coronavírus,
eu considero este o mais grave problema de saúde pública do País nos últimos 50
anos, grave pelo dano que a epidemia causa e pela dificuldade de controle que
esta traz, uma vez que o mosquito transmissor está há décadas no Brasil,
completamente fora de controle.
Na verdade, a palavra
de ordem para 2020 deveria ser mesmo Combate! Isto, porque o Ministério da
Saúde vinha divulgando um alerta de previsão para um surto da dengue desde o
final do ano passado, para todos os estados e municípios do Nordeste, além do
Rio de Janeiro e Espirito Santo, se preparassem e não deixasse para tomar as
medidas necessária para última hora. No entanto, não vimos por parte da coordenação de endemias da SMS, esta mesmo
preocupação antes dos óbitos causados pela dengue chegarem a imprensa de todo o
estado. Nós estamos diante de um problema grave. Temos que enfrentar uma
epidemia gravíssima. Não está tendo nada, a não ser declarações, gestos
eventuais com o Exército em 1 dia no ano. O mosquito se reproduz a cada 7 dias!
Nós tínhamos que ter uma política semanal de enfrentamento, de varredura. Em 10
anos o Brasil aumentou quatro vezes a área de ação do Aedes aegypti. Pensar que a operação com os veículos fumacê, em alguns
bairros da cidade vai resolver este grave problema é menosprezar a capacidade
de discernimento do conquistense. Nós temos que voltar para o mundo real.
Não é problema para ficar fazendo discursos de intenções. Nós temos que agir. Onde estão os poderes públicos para agir, tomar medidas rápidas?
Não é problema para ficar fazendo discursos de intenções. Nós temos que agir. Onde estão os poderes públicos para agir, tomar medidas rápidas?
Diante disto perguntamos: porque o fumacê não
tinha sido solicitado? O certo, é que depois que Vitória da Conquista
registrou a segunda morte em 30 dias por dengue hemorrágica é que vimos alguma
iniciativa.
Só agora depois que a
situação tornou-se insustentável, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle
de Endemias, entendeu a gravidade do assunto e passou a divulgar o boletim
semanal para informar a população sobre as notificações de casos de Dengue,
Zika e Chikungunya – doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti –
em Vitória da Conquista. As informações do primeiro boletim dizem respeito
à 19º semana epidemiológica de 2020, que corresponde ao período de janeiro a 8
de maio de 2020. É preciso que a comissão de saúde da Câmara de Vereadores
tenha conhecimento do que foi feito pelos poderes público e posam cobrar uma
atitude mais enérgica por parte desta secretaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário