Francisco e o Pentecostes
Domingo, dia 30 de
maio, neste dia a Igreja lembra e celebra o início da missão da Igreja no
mundo, após os apóstolos terem recebido o dom do Espírito Santo. A Comemoração
de Pentecostes acontece 50 dias após o Domingo da Ressurreição. O Espírito
Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de
fogo. Aí todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas.
Nestes
dias de quarentena minhas orações estiveram voltadas a uma unidade entre a
natureza e o divino. Assim, não pude deixar de reconhecer a profundidade que a
espiritualidade franciscana ensina-nos: obediência a Deus
e à Igreja. Com o passar dos anos e os cabelos brancos como testemunho desta
caminhada, vou descobrindo a necessidade desta ao Senhor. Esta tomada de consciência
traz uma maturidade sobre a necessidade de carregar a cruz e a certeza desconcertante
que ela é pesada.
A vida cristã tem que
passar pela cruz, senão não é cristã. Jesus cumpriu sua missão de obediência ao
Pai carregando a cruz dos nossos pecados e no calvário ofereceu-se pela
humanidade. Um cristão, não deve fugir da cruz. São Francisco de Assis, o
Arauto da Paz, encontrou a razão da sua vida e a força da sua vocação
missionária diante do Crucificado. Portanto, a teologia da cruz está presente
nas minhas orações diária. É nela, na cruz, que a vida dá-se e dela é que a
vida prepara-se para renascer na ressurreição. Esse tempo pascal, que terminou
no Domingo de Pentecostes, ajudou-nos a viver este mistério da vitória do
Cristo.
Francisco,
falando com o Crucificado, ouviu dele um pedido: “Vai, reconstrói a minha
Igreja”. Ele obedeceu! Saiu dali e foi cumprir o pedido do Crucificado,
começando sua atividade evangelizadora e foi atraindo irmãos, com os quais
formou uma fraternidade missionária e ajudou a Igreja a se renovar. Acredito
que foi este o contexto que Jorge Mário Bergólio
vivenciou: “que queres que eu faça?”. O Senhor disse: “ide aos meus
irmãos” aos pequeninos aos que sofrem aos pobres para anunciar o Evangelho da esperança,
apascentar o meu povo com o coração do Bom Pastor, santificar os fieis com os
sacramentos da vida.
O
apóstolo Paulo transmitiu “as decisões que os apóstolos e anciãos de Jerusalém
haviam tomado. E recomendavam que fossem observadas. As Igrejas fortaleciam-se
na fé e, de dia para dia, cresciam em número” (At 16, 4). Eles eram conduzidos
pelo Espírito Santo e iam onde o Espírito levava-os. Por isso foram à
Macedônia. E fizeram muito bem àquela Igreja.
Um jesuíta argentino chegou em Roma porque o Espírito Santo, que governa a Igreja, levou-o para fazer o bem aos seus irmãos. Não fui ele que escolheu a Cúria. Foi o Espírito Santo que convocou-o em nome de Cristo e ele de bom grado veio como Companheiro de Jesus e a responsabilidade de Francisco, com a força do Espírito Santo para reconstruir a Igreja, que o Senhor lhe confiou.
Um jesuíta argentino chegou em Roma porque o Espírito Santo, que governa a Igreja, levou-o para fazer o bem aos seus irmãos. Não fui ele que escolheu a Cúria. Foi o Espírito Santo que convocou-o em nome de Cristo e ele de bom grado veio como Companheiro de Jesus e a responsabilidade de Francisco, com a força do Espírito Santo para reconstruir a Igreja, que o Senhor lhe confiou.
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