O acolhimento de gays na Igreja
Quando lemos alguns jornais no Brasil a respeito dos documentos da Igreja e da preocupação que o Papa vem demostrando em relação à família, percebemos a falta de conhecimento de alguns profissionais da imprensa a respeito dos assuntos relacionados à este Papado e o Vaticano. Para quem vem acompanhando de perto este pontificado, sabe que já havia uma grande expectativa de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse abordado durante o sínodo da família, em 2015, mas não houve desenvolvimentos. Na altura, o Vaticano vivia uma “guerra surda” entre as alas conservadora e progressista, onde Francisco se insere. Nessa altura, o Papa afirmou que “não deve haver nenhuma confusão entre a família desejada por Deus e outros tipos de união”.
Não podemos esquecer, que quando era arcebispo de Buenos Aires, Francisco opôs-se aos planos do Governo de aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas mostrou-se favorável a outro tipo de reconhecimento legal. No livro On Heaven and Earth, publicado em 2013, o Papa não rejeitava a possibilidade de reconhecimento de uniões civis, defendia leis que pudessem proteger e reconhecer de forma legal este casal, como a uniões estável de homossexuais, para que fossem integrado na sociedade.
As declarações de Francisco podem não marcar uma alteração imediata da doutrina da Igreja Católica em relação ao acolhimento de homossexuais, mas representam uma abertura e uma mudança de mentalidades. O seu antecessor, Bento XVI, descrevia a homossexualidade como um “intrínseco mal moral”.
“Os homossexuais têm o direito de fazer parte
de uma família. Ninguém deve ser deixado de fora ou sentir-se arrasado por
causa disso”, afirmou Francisco.
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