quinta-feira, 8 de outubro de 2020

ARTIGO - Mobilidade urbana ou humana? (Padre Carlos)

 


 

Mobilidade urbana ou humana?

 

 


Um dos grandes desafios das cidades no século XXI, tem sido a questão da mobilidade, ela tem causado ao homem moderno um desconforto e uma preocupação com relação à acessibilidade e a qualidade de vida dos seus habitantes. Por isto, a mobilidade Urbana é definida como a condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade, com o objetivo de desenvolver relações sociais e econômicas. Ônibus, outros transportes coletivos e carros fazem parte das soluções de mobilidade.

        


Por este motivo, o tema mobilidade urbana deveria estar no centro dos discussões nesta eleição e ser um dos temas centrais das propostas dos candidatos. Precisamos trazer de volta o seu sentido primário e original, para melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável. Isso inclui aspectos econômicos, sociais e políticos. Quando pensamos num Plano de mobilidade urbana, estamos nos referindo ao conjunto de diretrizes pensadas para melhorar o deslocamento sustentável das pessoas em uma cidade, sempre de olho na qualidade de vida dos seus habitantes.

Não podemos deixar de reconhecer as ações de pavimentação de ruas e avenidas realizadas nas últimas duas décadas em nossa cidade. Criamos um anel viário, desafogando assim o centro com as carretas que cortavam nossa cidade de ponta-a-ponta, criando assim um congestionamento desnecessário, estruturamos nosso trânsito com a construção da AV. Luiz Eduardo, A Perimetral e diversas rotas alternativas.

Ainda no quesito mobilidade urbana, o transporte público é um dos calos da gestão atual. A queda no número de passageiros, em decorrência do transporte clandestino na nossa cidade, as alternativas de transportes por aplicativo, a segurança, pontualidade e outros, são fatores que têm afastado o passageiro dos ônibus.  A abertura de concorrência através de licitação para outras empresas de ônibus atuarem na cidade é a única forma que poderá salvar este setor. Quando coloco esta questão, não me refiro à forma como a atual administração tem tratado a coisa pública, falo em uma proposta séria sem privilegiar nenhuma empresa, na qual a administração poderia selecionar a proposta mais vantajosa, menos onerosa e com melhor qualidade possível para o município.


Um dos aspectos que os candidatos a prefeito da nossa cidade deveriam estar discutindo nesta eleição, seria o compromisso de abrir esse diálogo, é a realização de licitação para empresas de ônibus, como forma de abrir o debate público. Já fizemos isto no passado e conseguimos realizar grandes soluções. Mas, precisamos entender que mobilidade não é feita apenas de transporte público e pavimentação de ruas, mas deve ser um sistema de devolução da cidade para as pessoas, é sair de uma mobilidade urbana para uma mobilidade humana, onde o foco será, cada vez mais, as pessoas.

 

 


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