ARTIGO - Campanha começa morna em Vitória da Conquista (Padre Carlos)

 

 

 

Campanha começa morna em Vitória da Conquista

 

A campanha começou oficialmente no domingo, mas é quase unânime entre os candidatos que o clima eleitoral ainda é bem tímido. Seja pela pandemia, que impede aglomerações, ou pela falta de recursos, a largada para valer dos dois candidatos que polarizam as intenções de votos na nossa cidade se resumiram a dois acontecimentos: a ausência no debate do Sindicato dos Professores e a pesquisa do Jornal A Tarde.  Neste artigo vamos nos ater somente a alguns indicativos desta pesquisa, devido alguns aspectos que sempre fica nas entrelinhas e precisam ser decifrados.

Já faz algum tempo, que venho chamando a atenção dos nossos leitores para a intenção das forças conservadoras de tentar nacionalizar as eleições municipais, além é claro de tencionar a polarização direita X esquerda, no sentido de dividir não só o eleitorado, mais todo o país. Estamos presenciando um terceiro turno das eleições presidenciais sem a facada de Adélio e mesmo com toda a crise, o panorama não se modificou. Se por um lado podemos sentir esta polarização nas intenções de votos, por outro, presenciamos um eleitorado que se deslocou para o centro e será preciso conquistar esta parcela da sociedade o mais rápido possível.

Para a Frente Conquista Popular, não interessa esta divisão, devido a história de sucesso e realizações que nossas administrações proporcionaram a esta terra. Mas, avaliando a primeira pesquisa, temos que chamar a atenção da coordenação de campanha, que é necessário motivar os cabos eleitorais e quando falo isto, me refiro aos candidatos a vereadores de todos os partidos que compõe esta frente, estes companheiros precisam ter o reconhecimento devido, são eles que carregam a chapa majoritária nas costas e neste momento, precisamos deles mais do que nunca. Por isto, é preciso acabar com a cultura do candidato do mandato ou os que priorizamos, todos são importante e precisam se sentir valorizados.

 

Outro ponto importante para avaliarmos, são os votos da utra-direita, segunda a pesquisa chegou perto de 10%, este sim é um dado preocupante, não podemos esquecer que são votos ideológicos e desta forma, não migrarão para nosso campo e é preciso ampliar nossas bases. Assim, diante destas informações me veio um ditado popular: Se conselho fosse bom não se dava, se vendia, mas não custa tentar. Precisamos trazer o PSD para campanha e desta forma, temos que envolver o governador para que ele possa junto o senador Otto, trazer este grupo. Outra iniciativa que cabe esta coordenação é buscar estreitar uma aliança com o grupo independente para o segundo turno e deixar claro que são bem-vindo na construção deste projeto.  

 

Hoje o que temos de concreto, é que diante do quadro de incertezas, os postulantes ainda não viram as armas dos oponentes e, assim, não conseguem calibrar o discurso para potencializar suas propostas e minar as forças rivais. Como a eleição é mais curta – com 45 dias – pode ser que não dê tempo de reverter a estratégia caso ela, se adotada posteriormente, se mostrar equivocada.