Estes atos antidemocráticos ferem princípios constitucionais
Este mês fez cinco anos do golpe contra a
Constituição e a Presidente Dilma. Assim, na véspera do sete de setembro me
lembrei de uma frase que reflete bem o que estamos passando: Na política não há
amigos, apenas conspiradores que se unem. Desta forma passei a entender que
errar é humano, colocar a culpa dos nossos erros em outra pessoa é política. O
Brasil tem vivido uma polaridade política, não entre direita e esquerda, mas
entre os que defendem a democracia e os que querem um regime autoritário. São
estes os motivos que tem levado uma parcela da população a pedir a volta do
regime militar, a dissolução do Congresso Nacional e o impeachment dos ministros
do Supremo Tribunal Federal. São atos reivindicatórios que estão enquadrados
como crime de responsabilidade e mesmo tendo apoio de setores das Forças
Armadas, não podem ficar impune tais manifestações.
Quando se milita a mais de quarenta anos na política,
passamos por diversas situações que nos permitem avaliar a conjuntura em que se
vive. Assim, ao observar os últimos acontecimentos, deparo-me com um governo mais
fraco do que nunca e, apesar do medo de certos setores da esquerda de um golpe,
vejo um presidente desesperado para não ir para cadeia e buscando ganhar fôlego
para conseguir terminar seu governo através destes protestos nesta data que
comemoramos 199º aniversário da independência do Brasil.
Bolsonaro tem apostado suas fichas nos atos
de 7 de setembro como uma demonstração de força e apoio popular, num momento em
que tensiona cada vez a relação com o Poder Judiciário, que pode cassar a chapa
e seu mandato ou pressionar a Procuradoria Geral e o Parlamento sobre os crimes
de responsabilidade que vem cometendo, assim, ele dirige suas investidas
especialmente aos ministros Alexandre de Mores e Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal (STF), estes são alvos de ataques constantes do presidente.
Além disso, o presidente voltou a aventar a
possibilidade de uma ruptura caso o Judiciário não reveja atitudes que, em sua
visão, prejudicam o país.
Assim, querendo ou não, terão que ficar como
gostam de dizer: no seu quadrado.
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