sexta-feira, 3 de setembro de 2021

ARTIGO - Já imaginaram um mundo sem informação? (Padre Carlos)

 


O jornalismo ainda é o “pilar” da nossa democracia.

 


 



O jornalismo alternativo nestes últimos anos vem se consolidando cada vez mais como um instrumento de luta. Ele passou depois do golpe contra a democracia e o governo Dilma, a se tornar um dos pilares da democracia e por este motivo, merece mais respeito dos políticos e da imprensa corporativa.


A informação que nos chega passa por um longo processo, que implica várias formas de encarar o jornalismo e os órgãos da imprensa comercial e alternativa, daí que se torne descabido o comportamento de algumas autoridades em tentar descredibilizar o trabalho de todos estes profissionais. Já imaginaram um mundo sem informação?

        Minha grande paixão, é a escrita e o que a move este sentimento é não saber tudo, acredito que seja influencia socrática. Hoje com os meus cabelos brancos, tenho o privilégio de dizer que não sei tudo e mesmo estando na terceira idade, o processo de aprendizagem não termina nunca. E isso explica o resto.

Foram anos de luta da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) por uma identidade, que agora se vê diluída em certo cercadinho. Comentários insultuosos e o risco iminente de serem agredidos por autoridades ou seus seguidores. Assim, acredito que os jornalistas brasileiros merecem mais respeito.

Quando Umberto Eco diz que “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis,” ele quer dizer que estas pessoas antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. Acrescentou que “normalmente, eles [OS IMBECIS] eram imediatamente calados,  mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. E enfatizou que “a TV já havia colocado o idiota da rede em um patamar no qual ele se sentia superior. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da rede social em portador da verdade”.

Assim, o aparecimento da Internet obrigou ao jornalismo e aos jornalistas, saírem da sua zona de conforto e por isto, se viram obrigados a reinventar-se (mais uma vez). Com ela, surge também uma nova forma de participação do público. É nas redes sociais que os órgãos de comunicação social, alternativo ou corporativo, geram mais interações com o seu público.


Os problemas da comunicação social não é apenas de uma classe ou de um setor corporativo, ele reflete em toda sociedade, e são suficientemente graves e importantes para serem deixados apenas aos profissionais do setor. Por isso, antes de nos queixarmos de um artigo que é tendencioso ou agride o estado de direito, lembremo-nos que está em nossas mãos mudar isso e que o jornalismo ainda é o “pilar” da nossa democracia.

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