domingo, 29 de setembro de 2019

ARTIGO - Chateaubriand e Carlos Lacerda X Rede Globo (Padre Carlos)




Chateaubriand e Carlos Lacerda X Rede Globo



Hegel disse que os fatos e personagens de grande importância da história do mundo se repetiam duas vezes e Marx completa este pensamento do filósofo, que a história acontece “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. A História recente do Brasil é um bom exemplo para confirmar as teorias de Hegel. Ao constatar o papel que a imprensa desempenhou no séc. passado e vem desempenhando nestas duas últimas décadas, não podemos negar a influência das mídias na vida política do país. Assim, podemos afirmar que uma figura central que esteve relacionado a história destes fatos, foi Carlos Lacerda. Apresentado normalmente como “jornalista”, não era simplesmente funcionário de um jornal, mas seu proprietário. Mais do que empresário, era declaradamente anti-getulista e anti-comunista. Tornou-se um dos principais porta vozes da UDN e de uma política de abertura do país aos interesses estadunidenses. É normalmente lembrado por ter sido o pivô da crise que levou Getúlio ao suicídio, mas também por ter sido um dos articuladores civis do golpe de 1964.
A atuação da imprensa sempre foi marcada de forma decisiva nos grandes acontecimentos da nossa República. Se formarmos aqui um paralelo, poderemos afirmar que no pós-guerra, esta influência vem ganhando uma importância como meio de legitimar conjunturas e governos das ascensões as derrocadas de políticos brasileiros. De esperança renovadora à salvadores da pátria, estes políticos se transformam da noite para o dia em inimigo n.º 1 da República nas páginas de jornais e revistas e também na televisão.
Dr. Roberto e seu conglomerado de comunicação, tinha conhecimento do potencial que suas empresas exerciam e exercem até hoje, sobre as mentes e vontades do eleitorado brasileiro.  Mas, o que venha ser mesmo um conglomerado? Um conglomerado de mídia é um grupo de comunicação, uma empresa que possui um grande número de empresas em vários meios de comunicação como televisão, rádio, impresso, filmes, músicas e internet. O conglomerado da família Marinho, sempre lutaram por políticas e ideologias que facilitasse o controle dos mercados e a participação de manutenção do seu projeto político.
Na Filosofia, a analogia é uma forma de averiguar o porquê da semelhança entre objetos ou ideias. E nossa intenção é demostrar para o leitor o conjunto de informações sobre os meios de comunicação e sua influência a partir da década de trinta aqui no Brasil. O sucesso de Chateaubriand chamou a atenção de muitos empresários deste meio, Homem de negócios, foi um magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960, dono dos Diários Associados, que foi o maior conglomerado de mídia da América Latina. Chatô como era conhecido, além de sua habilidade para os negócios, tinha uma intensa militância política nos bastidores do poder e foi um dos grandes responsáveis pela desestabilização do governo de Getúlio na década de cinquenta.
       
         A família Marinho sabia que este era o exemplo: A experiência de Chatô como empresário e a ação política de Carlos Lacerda como base ideológico para o Projeto midiático.  Estes seriam os fundamentos para montar a quinta maior rede de comunicação do mundo e a primeira da América Latina.   Ser um empresário de sucesso depois que estas mídias se consolidassem teria que ter outro componente que não estava relacionado ao mercado mais a capacidade de influenciar o próprio mercado. Desta forma, o Dr. Marinho foi buscar através das ações de jornalistas como Carlos Lacerda, proprietário do jornal Tribuna da Imprensa, e Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários Associados, elementos culturais para criar sua Rede de Comunicação tendo não mais o mercado como meio a ser atingido mas, um projeto de poder que fosse senhor do próprio mercado.

Padre Carlos


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