quinta-feira, 10 de outubro de 2019

ARTIGO - A política tem sons é preciso ouvir (Padre Carlos)



A política tem sons é preciso ouvir


               Paga um alto preço aqueles que desejam aplicar ou comparar os acontecimentos que levaram a atual conjuntura em nosso país a movimentos e fenômenos que se alastraram nas últimas décadas. Assim, comparar estes acontecimentos atuais brasileiros com os assemelhados distantes e distintos – Primavera de Praga, Primavera Árabe ou Turca, Mãos Limpas — é, além de pueril, desastroso. O que aconteceu no Brasil, foi um golpe devidamente planejado e suas consequências ainda não chegaram ao limite.

    
           Mesmo com mais de quarenta anos de militância, acreditava que seria inconcebível algum brasileiro, ou brasileira, querer mal a seu país. Vender nossas riquezas e manter um comportamento subserviente. Não sou ingênuo e conheço bem a natureza humana, mais o que estamos presenciando, é um verdadeiro crime de lesa-pátria.  
               O município de Vitória da Conquista, teve a sorte de gestar políticos que, na maior parte das vezes, primaram pela honestidade do trato público. Por essa razão, apesar da perda de importância nos últimos anos, ainda somos um farto celeiro de estadistas.

               Fala-se, no momento atual, sobre consultas, plebiscitos, referendos, e tantas outras designações argumentum ad nauseam, propagadas pelos quatro cantos e, agora, de forma mais intensa, mediante uma caixa de ressonância maior, ofertada pela internet e pelos jovens da pós-modernidade. Isso é muito bom! Quando bem empregada, a tecnologia ajuda a democracia a ser melhor posta em prática.

               As ruas demandam, e com toda razão, soluções para os diversos problemas enfrentados no nosso município. Como diz o poeta, a política tem sons é preciso ouvir e como é preciso.
Quando o parlamento se furta da obrigação de fazer a reforma política que o país tanto precisa, o povo termina fazendo através da escolha de novos dirigentes.
               Para governar uma cidade como a nossa é necessário mais que desejo, não basta um projeto pessoal, tem que existir um projeto coletivo e contar com setores da nossa sociedade. O que denominamos de político, não diz respeito àqueles que pensam na reeleição, ou no próximo sufrágio (votação). Para mim, representam as pessoas que pensam, e planejam uma melhor/ maior/ mais justo futuro para a nossa cidade.

               Desejo lembrar e enaltecer, nessa hora difícil, que a cidade atravessa duas figuras, que governaram nosso município: Jadiel Matos e Guilherme Menezes.  Sem maiores bairrismos, lembro os nomes destes dois políticos, como um exemplo a ser lembrado de probidade.

               Triste de um povo, que necessita de salvadores da Pátria.


Padre Carlos


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