terça-feira, 8 de outubro de 2019

ARTIGO - Viva Socialismo português (Padre Carlos)




Viva Socialismo português
Sei que está em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim


Há duas grandes leituras possíveis do resultado de domingo à noite: uma é que assistimos uma derrota ao projeto da direita e qualquer programa de austeridade e também um desencanto do eleitorado mais à esquerda, principalmente a ala sindicalista do Partido Comunista. Dos quatro principais partidos que dominaram a Assembleia da República entre 1976 e 2019, dois tiveram derrotas históricas: o CDS-PP e o PCP. Portugal vai ter dez partidos no Parlamento. À esquerda entram o Livre, cresce o PAN e o BE mantém, sublinhando o abandono do PCP por parte de um eleitorado de esquerda tendencialmente pós-materialista. À Direita, a Iniciativa Liberal e o Chega mostram que poderá haver mudanças significativas que reorganizem a Direita.
Não quero aqui exagerá mais os resultados deste domingo em Portugal, além de aprovar o governo de esquerda nestes últimos anos,  representar uma nova tendência chegando ao velho continente, poderemos classificar nossos irmãos da Península Ibérica como "o farol da social-democracia europeia", mas a verdade é que com a vitória deste domingo de António Costa e do Partido Socialista, com perto de 37% dos votos, define-se como um dos mais importantes líderes do centro-esquerda da Europa. Desta forma, o primeiro-ministro socialista Antônio Costa saiu reforçado das eleições legislativas deste domingo em Portugal, após ter chegado ao poder em 2015 à frente de uma coalizão de esquerda para virar a página da austeridade.
Podemos afirmar, que Portugal é hoje um outro país, só para vocês terem ideia, depois que os socialistas chegaram ao poder, o país passou a registra índice de crescimento, que não era registrado  desde 2000 (3,5% em 2017 e 2,4% em 2018), enquanto o desemprego caiu para níveis pré-crise (6,4% em julho) e o déficit público será reduzido para 0,2% este ano. "Saímos de um período muito difícil. Certamente respiramos melhor agora", declarou a professora universitária Ana Maria Varela, 65, após votar "pela esquerda" em Lisboa. 
A estratégia do socialista de acelerar o fim de medidas de austeridade aproveitando a situação favorável para continuar reduzindo o déficit foi seu melhor argumento eleitoral. "Comigo, os portugueses sabem que não haverá nem radicalismos, nem volta atrás", declarou Costa na sexta-feira. "Cada voto conta, e é necessário um PS forte para garantir mais quatro anos de estabilidade", afirmou, em seu último dia de campanha.
Diante de tais fatos, gostaria de parabenizar os socialistas portugueses pela vitória e como diz o poeta: Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim

Padre Carlos


Nenhum comentário:

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...