segunda-feira, 14 de outubro de 2019

ARTIGO - A tarefa histórica de construir a unidade (Padre Carlos)





A tarefa histórica de construir a unidade


            Política é a ciência de governar e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. Por isto, vemos a defesa de candidatura própria uma postulação natural e legítima do PT, o maior partido da esquerda brasileira e no nosso município. Estamos tratando aqui do partido que liderou a rica experiência de governar Vitória da Conquista por 20 anos consecutivos invertendo prioridades e modernizando a cidade por meio do processo de democracia participativa.
Vitória da Conquista aprendeu, com os governos populares, que é possível se conectar com o futuro; aprendeu que existe vida melhor e digna quando se governa para o povo. É com esta credencial de partido que liderou momentos marcantes na trajetória da esquerda conquistense que o PT atualiza sua perspectiva histórica e não pode se furtar de buscar a unidade entre o campo da esquerda e tentar recompor a Frente Conquista Popular.
Essa ação tem que traduz uma prioridade estratégica em construir a unidade progressista e de esquerda para derrotar o bloco formado pelo MDB, PTB, PSL, DEM, PSDB e demais siglas conservadoras e reacionárias que sustentam o bolsonarismo e suas políticas nefastas nos níveis federal e municipal de governo.
O PT para manter sua responsabilidade com o povo de Vitória da Conquista tem que buscar nas sus fileiras um candidato que possa agregar os aliados e saber negociar com as forças das esquerdas para neutralizar a direita em nosso município. Não podemos criar uma ilusão para as nossas militância e vender uma narrativa que as aboboras se ajeitam com os freios no segundo turno. Ninguém vai apoiar candidaturas a toque de caixa. Toda campanha deixa marcas e ferida que não cicatrizam facilmente. Um acordo político só é bom, quando contempla a todos. Será que estamos fazendo política desta forma?
O capital político e eleitoral do PT, evidenciado na sua numerosa e combativa militância, no enraizamento social lhe credencia a liderar esta frente e como partido hegemônico do projeto, criar condições favoráveis para dialogar e saber reconquistar seus antigos aliados. O povo de Vitória da Conquista não está condenado a padecer das políticas excludentes e destrutivas do bolsonarismo, e dos seus aliados na nossa cidade. Estas forças conservadoras que se faz representar no governo de Herzem Gusmão, será varrida de Vitória da Conquista.
 Da mesma forma que em nível nacional,  a esquerda tem a responsabilidade superior e urgente de deter a barbárie que extermina pobres, dilapida o patrimônio público, destrói o Estado e extingue direitos sociais, tem em nosso município a responsabilidade de buscar recompor a frente de esquerda. Estes partidos em nossa cidade têm que está à altura dessa desafiadora tarefa histórica de construir a unidade com base na dedicação da melhor energia política, partidária e social que os partidos de esquerda e progressistas e os movimentos sociais podem aportar para a vitória de toda a Frente.

Padre Carlos


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