Cada cidade tem o parlamento que merece
Como professor de filosofia, meu papel é buscar a
essência das coisas e a essência da política está no garantir o bem-estar da
população em geral, sem priorizar interesses individuais e eleitoreiro. A
política não é um meio para se dar bem, é a arte de bem servir o povo, mas só
cumpre esse papel quem possui a vontade de ajudar ao próximo.
Nos últimos dias presenciamos os vereadores da
nossa cidade, com raras exceções fazendo discursos em favor de um projeto do
executivo. Vitória da Conquista
poderá contrair
empréstimos no valor de R$ 60 milhões, embora alguns vereadores já pensam em
estender esta dívida para R$ 100 milhões, pensando no seu eleitorado e nas suas bases políticas. Os projetos de lei que autorizam a operação já
foram encaminhados para apreciação da Câmara Municipal de Vereadores.
O fato é
que nesta sexta-feira, 25 ao fazer uso da tribuna na Câmara Municipal, o vereador
Coriolano Morais, não só fez uma série de cobranças ao Executivo Municipal,
como lembrou para alguns membros daquela casa, como fazer política e acima de
tudo, como fazer oposição. Confesso aos senhores que naquele momento, me sentir
representado naquele parlamento. Uma verdadeira aula como se faz oposição e
demostrando de forma clara que o papel de fiscalização que compete aquela
bancada, não está sendo efetivamente exercido por alguns membros daquela
bancada salvo algumas exceções.
Diante
disto, não podemos negar que um dos principais papeis no jogo político e
democrático deve ser exercido pela oposição naquela casa. Ela é o que
costumamos chamar de contraponto do poder. A alternativa de projeto de governo
que aí está. É justamente neste ponto que gostaria de chamar atenção do leitor,
na perspectiva de que a democracia é o contraditório, realmente é ruim para a
democracia e para a cidade ter uma oposição fraca e desorganizada como constatamos
em Vitória da Conquista. Somos minorias ou maioria? Quantos parlamentares
realmente fazem parte deste bloco. Mas sem uma liderança capaz de fazer
este trabalho fica difícil contar com estes votos. Assim, a nossa oposição, continuará batendo cabeça nesta casa, e
amargando as derrotas devido a cooptação do governo sobre este parlamento.
Como
chefe do Poder
Executivo, cabe ao prefeito administrar os serviços
públicos locais e decidir onde serão aplicados os recursos financeiros. O
prefeito é quem pode prometer a execução de novas obras e dizer onde e como o
dinheiro do município será aplicado. Além disso, seu papel também é o de
sancionar ou vetar novas leis, analisadas ou criadas pela Câmara
municipal. Aprovar um empréstimo sem que tenha certeza de
uma avaliação por profissionais competentes e isento do poder executivo, não
seria prudente.
Padre
Carlos
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