As Igrejas e a pós-pandemia
Muita
gente tem buscado artigos e analise sobre a pós pandemia e como o mundo vai
absorver todas estas perdas. Estas pessoas esquecem que são os nossos
comportamentos nesta quadra da história, que determinará o nosso futuro. Realmente
este vírus tem obrigado o homem a parar e pensar sobre a sua vida e o futuro do
planeta. Fez com que todas as pessoas refletissem sobre seus atos e da
necessidade de uma mudança de valores e hábitos; não porque quisessem fazer estas
mudanças mas, foram obrigados em razão do medo e por imposição das
autoridades sanitária. Desta forma, comportamentos culturais, formas de ser e
de viver, que as pessoas e a comunidade levariam décadas para alcançar estão
sendo superados em meses. O certo e que muita gente não quer admitir é que o
mundo jamais será o mesmo, as instituições, o estado, o modo de ver as coisas,
vão com certeza mudar.
Pouco
se estudou como a Gripe Espanhola impactou nas mudanças no Brasil,
mas depois dela podemos constatar diversos acontecimentos na década pós gripe,
que resultaram na revolução de trinta.
Mas,
o que eu gostaria mesmo era de falar da necessidade que as Igrejas tiveram no
pós guerra e nos pós pandemias que sucederam ao longo da história. A semelhança
que podemos constatar das duas, remete a comunidade de fé para a
responsabilidade de pastorear uma comunidade partida e cheia de dúvidas e
conflitos espirituais. Existem entre os dois fenômenos muitas semelhanças,
assim como no pós guerra as Igrejas tiveram este papel, os horrores que o mundo
tem passado com esta crise sanitária, principalmente o povo brasileiro, diante
do descaso com os mais pobres e a inercia dos poderes públicos leva a crer que
o sofrimento e o fim de todo este pesadelo está longe de acabar.
O
pós-pandemia dependerá do nosso comportamento e como estamos sendo tocados com
todo este sofrimento. Se você ficar indiferente com tudo isto que tem
acontecido, então nada vai mudar. Não existe maior tristeza que morrer sozinho
e uma UTI, longe das pessoas que amamos. Visitem infectados pelo coronavírus, para que sintam a presença
de Deus neste momento de calvário. Só um verdadeiro Pastor tem esta
sensibilidade.
Precisamos buscar forças para seguir com
as nossas vidas, o povo brasileiro mesmo sofrendo com estas perdas,
precisa acreditar no Deus misericordioso e que é Pai e ama seus filhos.
Temos
que ser solidário com os profissionais da saúde, rezar desta forma a Deus como
fez o Santo Padre: "Sustentai aqueles que se gastam pelos
necessitados: os voluntários, enfermeiros e médicos, os que estão na vanguarda
do tratamento dos doentes, à custa da sua própria segurança",
A
Igreja terá um papel fundamental de pacificar a alma dos seus fiéis e repactuar
sua fé para que possamos tocar as nossas vidas. Não com fundamentalismo mas,
com amor, e levando um Deus com a face misericordiosa.
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