Crise pode nacionalizar as eleições em
Vitória da Conquista
Tradicionalmente, as eleições em Vitória da
Conquista, costuma ser pautada por questões locais relacionada a área da saúde
da educação das obras nos bairros periféricos e etc. Este ano, entretanto, o
cenário no nosso município deve ser um pouco diferente. De acordo com nossas
avaliações, o clima de polarização tem subido de tal forma com o presidente
Jair Bolsonaro; suas falas e comportamento tem deslocado os grandes temas das
questões nacionais para o pleito municipal, sendo estes assuntos tendo maior
peso em relação as antigas pautas.
Esta não será uma eleição com discussão sobre
buraco de rua. Quando os eleitores do lado Oeste da cidade perceberem que foram
enganados e que esta administração tem uma única preocupação: a Olívia Flores,
passarão a defender outras pautas. Assim, quando as obas do FENISA chegarem a
estes bairros, terão uma conotação eleitoreira e será um termômetro para
oposição medir o enfrentamento ao bolsonarismo e ao projeto que tem feito
oposição.
Estamos
no meio de uma pandemia, o que faz com que a eleição municipal seja marcada
pelas crises sanitária, social e econômica. O medo e a insatisfação com o
governo municipal são grandes, o que torna as ações político-eleitoral mais
complexa e difícil. O momento atual é desafiador para quem está no governo
diante do cenário de "recessão brutal" na economia e uma crise sanitária.
A pandemia que atravessa o país pode levar o
eleitor conquistense a associar a nacionalização do debate nas eleições
municipais. As pessoas não são desconectadas da realidade que elas vivem em Vitória
da Conquista, por isto, esta possibilidade é grande de vi acontecer.
Sempre
existiu a cultura que pessoas não moram na União ou nos estados, mas nos
municípios. Porém, com tudo que tem acontecido em nosso país, esta máxima foi
superada por este vírus e jogou por terra parte dos antigos consensos. Bolsonaro
usou de uma estratégia de manter constantemente os atores e a sociedade
tensionados, e isso fez com que mantivéssemos um ‘presidencialismo de
confrontação. Pela primeira vez, a eleição pode se nacionalizar.
Nem toda a classe
média pensa igual a Herzem ou tem a cabeça na casa-grande ou no Caminho do
Parque. Sempre existiu este setor atrasado que representa em torno de trinta
por cento do nosso eleitorado. Mas existe outra parte preocupado com o avanço
do fascismo e decepcionada com o projeto econômico da extrema-direita, é com
esta que Zé Raimundo precisa dialogar, para enfrentarmos o abismo social. Desta
forma, é hora de o candidato sair da quarentena e buscar as alianças com
setores da sociedade.
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