Orem pelos infectados que estão morrendo sozinhos!
Conversando com um amigo que acaba de perder
um ente querido, vítima do
covid-19, pude entender a dor e o sentimento de uma família não poder se
despedi de quem ama. Lembrei
naquele momento das curas aos leprosos e o que ela significava para Jesus e sua
cultura. Naquele tempo, o “leproso” era excluído da sociedade e do meio
familiar.
Pestes e doenças sempre causam medo à
humanidade. Desde o início dos tempos, nossos antepassados tiveram que lidar
com elas. A hanseníase, também conhecida como lepra é a primeira doença a qual
se tem registro. Algumas culturas a descreviam como uma maldição, o que fez com
que durante séculos os leprosos fossem isolados das outras pessoas. Já a peste
que dizimou um terço da população da Europa no século XIV também foi vista por
alguns como uma maldição ou castigo divino. Para combatê-la, médicos com roupas
pretas, hoje são brancas, cetros e máscaras arriscavam suas vidas enquanto
buscavam formas de tratar aquela doença. Ela se repete, não como farsa, mas
como mais uma quadra da nossa história para resgatar os seus heróis e as suas
vítimas.
Presenciamos a todo momento,
profissionais da área da saúde trabalhando para salvar vidas e cientistas
correndo contra o tempo, realizando pesquisas para criar uma vacina e a cura
para esta doença. Diante de todos estes fatos, não podemos tolerar ou ser
omisso aos atos de racismo. Assim, presenciamos asiáticos sendo vítimas de atos
de intolerância em vários países. Lamentavelmente, o surto do Coronavírus
também veio acompanhado de atos de xenofobia contra chineses, asiáticos e seus
descendentes. Quando responsabilizamos, a origem da doença aos infectados, seja
asiático ou brasileiro, ao mesmo tempo estamos acusando e responsabilizando
esta pessoa pela transmissão do vírus e do mal que se abate sobre a nossa casa.
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