Falou com o corpo e pregou de cátedra.
Hoje faz oito dias que Celebramos pela primeira vez, o Dia Internacional
da Fraternidade Humana: a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu esta
comemoração através de uma resolução de 21 de dezembro de 2020. A
ONU escolheu o dia 4 de fevereiro porque, nesse dia, em 2019, o Papa Francisco,
durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos, assinou com o Grande Imã de
Al-Azhar, o xeque Ahmad Al-Tayyeb, o "Documento sobre a Fraternidade
Humana em Prol da Paz Mundial e da Convivência Comum".
Outro acontecimento relacionado ao diálogo inter-religioso foi protagonizado
por Dom Zanoni, em Salvador. A presença do arcebispo de Feira de
Santana (BA), e membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e
Diálogo Inter-religioso (Pastoral afro-brasileira) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em uma roda de capoeira no
Terreiro de Jesus, para alguns, aquela reportagem que viralizou, do arcebispo desafiado
alguns capoeiristas para uma apresentação desta arte no Pelourinho, não passou
de uma brincadeira, para um teólogo ou historiador, este gesto representa o diálogo entre a cultura e o Evangelho, nosso pastor agora pregava com o corpo.
Em tempos que ressuscitam narrativas xenófobas, racistas, nacionalistas - que promovem a desconfiança, a segregação, o conflito, o ódio e a divisão entre as pessoas - há quem resista e prefira continuar a propor a reconciliação, a sã convivência e a paz. Gente que continua "a estender a mão", a respeitar e a "escutar com coração aberto" quem é de uma religião, de uma cultura ou de uma tradição diferente da sua. São estas atitudes que, para o Papa e Dom Zanoni melhor traduzem a fraternidade humana.
Desta
forma podemos dizer, que esta foi a grande homilia do
arcebispo de Feira de Santana na Roma Nega, falou com o corpo
e pregou de cátedra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário