sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

ARTIGO - Sem líder, sem estratégia! (Padre Carlos)

 


Sem líder, sem estratégia!




 

Quando estudamos filosofia passamos a entender que estratégia significava inicialmente a ação de comandar ou de conduzir exércitos em tempo de guerra. Representava, portanto, um meio de vencer o inimigo, um instrumento de vitória na guerra e mais tarde estendido a outros campos do relacionamento humano. E, no contexto político e no nosso caso, parlamentar, a estratégia mantém em todos os seus usos a raiz semântica, qual seja, a de estabelecer caminhos. 


Para definir uma estratégia de ação para oposição, seria necessário que ela fosse realista e tivesse consciência da conjuntura de que se parte, avaliando os pontos fortes e os pontos fracos. Só com esta visão estratégica se pode potencializar o trabalho de equipe que uma bancada tem como objetivo. Infelizmente, não vejo na proposta da bancada de oposição, qualquer rumo ou qualquer estratégia para um futuro coletivo. Apenas reconheço um conjunto de medidas isoladas, fruto da militância individual que não representam um projeto para o bloco. Sem uma estratégia definida e com táticas bem diferentes, cada mandato busca conquistar seu espaço, esquecendo que um time não deve ter estrela, mas uma ação conjunta.

Por isso, para refletir sobre os desafios de uma estratégia para oposição, precisamos também se projetar para um cenário de crise sanitária e econômica. Por isto, o PT e os partidos de oposição precisam se tornar naquela casa uma oposição construtiva - mas dura incisiva e implacável para com as falhas deste governo e olha que são muitas!  Uma oposição que não é pautada por birra nem por simples vontade de destruir, mas, sim, com base em argumentos e em nome do programa que apresentamos aos conquistenses.

Além da ausência de sentido estratégico e da falta de uma liderança que fica cada vez mais evidente com as ações isoladas da oposição, decisões estas de caráter individual, termina esvaziando estes eventos e não dando a devida importância para determinadas lutas. Diante disto, não podemos deixar de se preocupar com uma agenda, uma estratégia e o seu rumo, como cabe ao maior partido do bloco. O que eu quero dizer com isto é que o papel do líder da oposição é fundamental para conseguir atrair para esta casa temas importantes que estão sendo esquecido como o transporte clandestino na nossa cidade, o assalto aos cofres públicos com o contrato sem licitação de empresa de assessoria contábil, os professores e o retorno às aulas sem a vacina, os bares e comercio sendo abertos em meio à pandemia, suposto crimes eleitoral ou sendo cooptado pela situação, como o aumento dos combustíveis.


Desta forma, precisamos definir o mais rápido possível nossa Estratégia e definir, dentro da Câmara, quais são os principais objetivos e qual a pauta que queremos impor ao governo Herzem. Quais as metas a serem alcançados em determinado espaço de tempo, para conseguir este objetivo? Além disso, precisamos saber quais ações e recursos estarão disponíveis para que possamos mesmo com um número inferior pautar nossa agenda naquela casa.


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