Os representantes de uma “elite” acima da
lei.
Ao escandalizar todo o país disparando
contra a polícia federal, o ex-deputado Roberto Jefferson , deixa claro na
atitude arrogante ao receber a ordem de prisão o preconceito e toda aversão e o
ódio contra a Justiça e o Estado de Direito. O ex-deputado e a elite que ele
representa têm como regra não aceitar a ordem jurídica e acredita que esta só
deve ser respeitada pelo povo.
Diante disto, ao enfrentar as autoridades com
granadas e 50 tiros de fuzil contra policiais federais, este (político ou
marginal, etc.) deixa claro para os pobres mortais que têm o seu próprio
ordenamento, sem qualquer necessidade de se incomodar em respeitar à Constituição
Federal e as leis civis e penais, pois se constituem em “elite” acima da lei.
A certeza que fica é que Sr. Roberto
Jefferson só cometeu estes crimes, porque existe um sentimento dentro da
elite brasileira, que ela é superior às outras classes e que a nação é composta
só por ela.
Quero deixar claro que não estou
questionando a legalidade da ação, mas fica a preocupação para o cidadão, sobre
a existência que foi criada por este senhor de um perigo iminente e a gravidade
do risco para os agentes de segurança pública e para terceiros e a falta de
proporcionalidade da reação e a situação concreta, e a necessidade de analisar
todas estas circunstâncias em curto espaço de tempo.
Levanto estas questões, porque estamos
falando de um policial que era negociador formado pelo Comando de Operações
Táticas (COT) – a tropa de elite da Polícia Federal e por isto não entendemos
esta ação ao serem recebidos com granadas e 50 tiros de fuzil. Confesso aos
senhores e senhoras, que fiquei chocado com o comportamento destes polícias que conversavam e riam amistosamente depois de tudo o
que aconteceu, durante as “negociações” para prender o ex-deputado bolsonarista
e dirigente do PTB Roberto Jefferson.
Isto fica claro quando nos conflitos entre
funcionários públicos vindo das camadas populares, precisam interpelar alguns
membros desta elite quando porventura cometem alguma infração ou se acham no
direito de não acatar certas leis. O comportamento das
forças de segurança pública ou parte dela revela que ainda não foi
possível fazer a transição da estrutura colonial escravista para a sociedade
cidadã em que vigora os princípios da democracia.
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