terça-feira, 25 de outubro de 2022

ARTIGO - A granada explodiu no colo de Bolsonaro. (Padre Carlos)

 

Os representantes de uma “elite” acima da lei.


 


Ao escandalizar todo o país disparando contra a polícia federal, o ex-deputado Roberto Jefferson , deixa claro na atitude arrogante ao receber a ordem de prisão o preconceito e toda aversão e o ódio contra a Justiça e o Estado de Direito. O ex-deputado e a elite que ele representa têm como regra não aceitar a ordem jurídica e acredita que esta só deve ser respeitada pelo povo.

Diante disto, ao enfrentar as autoridades com granadas e 50 tiros de fuzil contra policiais federais, este (político ou marginal, etc.) deixa claro para os pobres mortais que têm o seu próprio ordenamento, sem qualquer necessidade de se incomodar em respeitar à Constituição Federal e as leis civis e penais, pois se constituem em “elite” acima da lei.

A certeza que fica é que Sr. Roberto Jefferson  só cometeu estes crimes, porque existe um sentimento dentro da elite brasileira, que ela é superior às outras classes e que a nação é composta só por ela.

Quero deixar claro que não estou questionando a legalidade da ação, mas fica a preocupação para o cidadão, sobre a existência que foi criada por este senhor de um perigo iminente e a gravidade do risco para os agentes de segurança pública e para terceiros e a falta de proporcionalidade da reação e a situação concreta, e a necessidade de analisar todas estas circunstâncias em curto espaço de tempo.

Levanto estas questões, porque estamos falando de um policial que era negociador formado pelo Comando de Operações Táticas (COT) – a tropa de elite da Polícia Federal e por isto não entendemos esta ação ao serem recebidos com granadas e 50 tiros de fuzil. Confesso aos senhores e senhoras, que fiquei chocado com o comportamento destes polícias que conversavam e riam amistosamente depois de tudo o que aconteceu, durante as “negociações” para prender o ex-deputado bolsonarista e dirigente do PTB Roberto Jefferson.

Isto fica claro quando nos conflitos entre funcionários públicos vindo das camadas populares, precisam interpelar alguns membros desta elite quando porventura cometem alguma infração ou se acham no direito de não acatar certas leis. O comportamento das forças de segurança pública ou parte dela revela que ainda não foi possível fazer a transição da estrutura colonial escravista para a sociedade cidadã em que vigora os princípios da democracia.

 

 


 

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