Lula e Bolsonaro no segundo turno: veja propostas dos candidatos.
Entramos na última semana da propaganda
política e dos arremates que os candidatos dão às suas campanhas, nessa fase,
já está definida qual parte do eleitorado escolheu seu candidato e qual parcela
ainda está indecisa. O quadro é o mesmo, ou seja, Bolsonaro representando a
Utradireita versus Lula, com uma frente democrática que vai da direita à
esquerda. Por isso, o desafio dessa etapa da campanha é “ativar” os votos comprometidos
e atrair os indecisos com as investidas de alguns marqueteiros e apoiadores
que buscam cuidar apenas dos ataques pessoais e da divulgação de falsas
notícias pelas redes sociais. O eleitor brasileiro pode falar tudo menos que
estejam sendo ocultadas as reais intenções que definem o futuro do Brasil
desejado pelos candidatos. No entanto, é o povo brasileiro quem vai decidi qual
o projeto de governo que eles querem.
Esta pergunta não será difícil responder,
afinal nenhum dos dois candidatos é debutante. Jair Bolsonaro tem governado o
nosso país nestes últimos anos, enquanto Lula governou por oito anos e sendo
assim, fica mais fácil responder em quem vai votar. Não há como aprofundar a
discussão aqui à falta de espaço, mas há possibilidade pelo menos de fazer
vislumbrar luz no fim do túnel, com apreciação destacada de alguns pontos
críticos de seus programas.
Uma análise comparativa entre os projetos
dos dois candidatos leva o analista a concluir que, embora ambos tenham objetivos
semelhantes no tocante ao combate à crise e ao crescimento da economia, eles
têm propostas diferentes para o atingimento dessas metas. Jair Bolsonaro
apresenta projeto com proposta que contempla a diminuição do setor público e o
aumento da iniciativa privada neste setor. Para ele, é necessário privatizar
todas as empresas públicas, pois a eficiência na gestão da atividade econômica,
principalmente sob o aspecto da produtividade fica a quem da iniciativa privada.
E a experiência tem demonstrado que, para esse efeito, os empresários são mais
competentes que o Poder Público. Já Luiz Inácio Lula da Silva apresenta projeto
de maior participação estatal na economia. Para ele, o Poder Público deve
promover e assegurar ao povo brasileiro suas riquezas, bens e serviços indispensáveis
para que possa viver com qualidade de vida e dignidade da pessoa humana.
No tocante ao comércio exterior, os candidatos
entendem da necessidade de ampliação da abertura com o exterior, porém
Bolsonaro vê a Europa e os Estados Unidos como parceiros naturais, enquanto
Lula prega a volta da política de integração da América Latina devido a sua
importância na “Política Externa Ativa e Altiva” dos governos do PT. Defende
a recriação das condições políticas para uma articulação sul-sul e da
aproximação com os continentes africanos, asiático e o Oriente Médio e o resgate da importância e liderança que o Brasil exerceu em relação aos países
em desenvolvimento. Para ele, é necessário voltar a ter a real noção da
importância da formação de blocos como o Brics e o Ibas, vistos como
estratégicos na construção de articulações contra hegemônicas e para a reforma
da ordem internacional vigente e de suas instituições é fundamental.
Em termos de segurança pública Bolsonaro
defende a flexibilização da posse de armas e a redução da maioridade penal de
18 para 16 anos. Lula: pretende criar o Ministério da Segurança Pública
com foco no combate ao tráfico de armas e drogas na região de fronteira e aumentar
o controle sobre a venda de armas.
Em relação à imprensa O presidente Jair
Bolsonaro trava uma guerra, para cada pergunta incômoda, um insulto:
"mentirosa", "canalha", "você é uma vergonha”. Só manteve
os princípios constitucionais no papel e no seu programa. Nos últimos tempos, vem optando por falar nas
redes sociais e veículos pequenos alinhados a seu governo. Lula defende a
regulação dos meios de comunicação no Brasil. Sua preocupação esta no fato que temos
nove famílias que são donas de quase todos os meios de comunicação neste País.
Por isto, ele quer abrir um pouco mais a participação. Na verdade este proposta
está mais focada nos meios de comunicação com concessão concedida pelo Estado,
como TV e rádio.
Apesar de ambos falarem que defendem a
democracia, cada um deles o vê diferentemente. Há, pois, que se examinar
detidamente a visão democrática de cada um, posto que se trate de uma questão
ideológica.
As eleições presidenciais que se aproximam podem significar o primeiro capítulo de uma nova página que os brasileiros começarão a escrever. O tamanho do nosso compromisso e a responsabilidade com a qual exerceremos nosso direito inalienável ao voto será proporcional às chances de transformarmos as cidades e o país.
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