segunda-feira, 24 de outubro de 2022

ARTIGO - Qual a expectativas do eleitor nesta reta final de campanha? (Padre Carlos)

 


Lula e Bolsonaro no segundo turno: veja propostas dos candidatos.


 

Entramos na última semana da propaganda política e dos arremates que os candidatos dão às suas campanhas, nessa fase, já está definida qual parte do eleitorado escolheu seu candidato e qual parcela ainda está indecisa. O quadro é o mesmo, ou seja, Bolsonaro representando a Utradireita versus Lula, com uma frente democrática que vai da direita à esquerda. Por isso, o desafio dessa etapa da campanha é “ativar” os votos comprometidos e atrair os indecisos com as investidas de alguns marqueteiros e apoiadores que buscam cuidar apenas dos ataques pessoais e da divulgação de falsas notícias pelas redes sociais. O eleitor brasileiro pode falar tudo menos que estejam sendo ocultadas as reais intenções que definem o futuro do Brasil desejado pelos candidatos. No entanto, é o povo brasileiro quem vai decidi qual o projeto de governo que eles querem.

Esta pergunta não será difícil responder, afinal nenhum dos dois candidatos é debutante. Jair Bolsonaro tem governado o nosso país nestes últimos anos, enquanto Lula governou por oito anos e sendo assim, fica mais fácil responder em quem vai votar. Não há como aprofundar a discussão aqui à falta de espaço, mas há possibilidade pelo menos de fazer vislumbrar luz no fim do túnel, com apreciação destacada de alguns pontos críticos de seus programas.

Uma análise comparativa entre os projetos dos dois candidatos leva o analista a concluir que, embora ambos tenham objetivos semelhantes no tocante ao combate à crise e ao crescimento da economia, eles têm propostas diferentes para o atingimento dessas metas. Jair Bolsonaro apresenta projeto com proposta que contempla a diminuição do setor público e o aumento da iniciativa privada neste setor. Para ele, é necessário privatizar todas as empresas públicas, pois a eficiência na gestão da atividade econômica, principalmente sob o aspecto da produtividade fica a quem da iniciativa privada. E a experiência tem demonstrado que, para esse efeito, os empresários são mais competentes que o Poder Público. Já Luiz Inácio Lula da Silva apresenta projeto de maior participação estatal na economia. Para ele, o Poder Público deve promover e assegurar ao povo brasileiro suas riquezas, bens e serviços indispensáveis para que possa viver com qualidade de vida e dignidade da pessoa humana.

No tocante ao comércio exterior, os candidatos entendem da necessidade de ampliação da abertura com o exterior, porém Bolsonaro vê a Europa e os Estados Unidos como parceiros naturais, enquanto Lula prega a volta da política de integração da América Latina devido a sua importância na “Política Externa Ativa e Altiva” dos governos do PT. Defende a recriação das condições políticas para uma articulação sul-sul e da aproximação com os continentes africanos,  asiático e o Oriente Médio e o resgate da importância e liderança que o Brasil exerceu em relação aos países em desenvolvimento. Para ele, é necessário voltar a ter a real noção da importância da formação de blocos como o Brics e o Ibas, vistos como estratégicos na construção de articulações contra hegemônicas e para a reforma da ordem internacional vigente e de suas instituições é fundamental.

Em termos de segurança pública Bolsonaro defende a flexibilização da posse de armas e a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Lula: pretende criar o Ministério da Segurança Pública com foco no combate ao tráfico de armas e drogas na região de fronteira e aumentar o controle sobre a venda de armas.

Em relação à imprensa O presidente Jair Bolsonaro trava uma guerra, para  cada pergunta incômoda, um insulto: "mentirosa", "canalha", "você é uma vergonha”. Só manteve os princípios constitucionais no papel e no seu programa.  Nos últimos tempos, vem optando por falar nas redes sociais e veículos pequenos alinhados a seu governo. Lula defende a regulação dos meios de comunicação no Brasil. Sua preocupação esta no fato que temos nove famílias que são donas de quase todos os meios de comunicação neste País. Por isto, ele quer abrir um pouco mais a participação. Na verdade este proposta está mais focada nos meios de comunicação com concessão concedida pelo Estado, como TV e rádio.

Apesar de ambos falarem que defendem a democracia, cada um deles o vê diferentemente. Há, pois, que se examinar detidamente a visão democrática de cada um, posto que se trate de uma questão ideológica.

 

As eleições presidenciais que se aproximam podem significar o primeiro capítulo de uma nova página que os brasileiros começarão a escrever. O tamanho do nosso compromisso e a responsabilidade com a qual exerceremos nosso direito inalienável ao voto será proporcional às chances de transformarmos as cidades e o país.

 

 

 

 

 

 

 


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