quinta-feira, 27 de outubro de 2022

ARTIGO - O retrato de um país dividido pelo ódio (Padre Carlos)

 


Precisamos desarmar os espíritos e repactuar o país.




No próximo domingo (30), os brasileiros vão às urnas de punhos cerrados, esta eleição tem de certa forma, um gosto de acerto de contas, Quando digitarmos nosso voto não poderemos esquecer que somos o maior exportador mundial de carne e por isto, não justifica que 33 milhões de pessoas passem fome. Por isto, esta eleição obriga a população a olhar-se no espelho e reconhecer a face de um país onde um quarto da sua população se encontra em situação de pobreza ou extrema pobreza.

Mesmo entendendo estas diferencias e desigualdade, temos que respeitar as pessoas e suas escolhas. Cada um tem uma opinião e uma ideologia diferente que deve ser respeitada, só assim vamos acabar com a intolerância e este ódio que estamos assistindo em nosso país. Intolerância e ódio que alastraram após as eleições de 2018. Este cenário tem que mudar conscientizando que o ódio à intolerância só leva a discórdia entre as pessoas e regiões em todo o país. Temos que combater o ódio e a intolerância sem que haja uma luta onde rebatemos com a mesma moeda.

A disputa entre Bolsonaro e Lula ficou clara na divisão regional no primeiro turno. Bolsonaro teve mais votos que o petista no Sudeste no Sul e no Centro-Oeste. Já Lula ganhou no Nordeste  e no Norte.

Diante deste fato, temos consciência que os dois Brasis não se sustentam apenas pelo processo eleitoral e repactuar estas regiões será fundamental para poder governar o Brasil.

 

         Não podemos negar que o país está dividido entre dois projetos, após uma campanha marcada por intensos ataques e polarizada, deixou visível o racha entre sul e nordeste, colocando em risco o pacto federativo. Não são apenas ricos contra pobres, brancos contra pretos, esquerda contra direita, evangélicos contra católicos. São brasileiros contra brasileiros. Assim, o presidente eleito terá pela frente a tarefa de repactuar  os setores da sociedade com um projeto de nação como uma das principais e imediatas tarefas desarmando os espíritos radicalizados desta eleição.


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