Precisamos
desarmar os espíritos e repactuar o país.
No próximo domingo (30), os brasileiros vão
às urnas de punhos cerrados, esta eleição tem de certa forma, um gosto de
acerto de contas, Quando digitarmos nosso voto não poderemos esquecer que somos
o maior exportador mundial de carne e por isto, não justifica que 33 milhões de
pessoas passem fome. Por isto, esta eleição obriga a população a olhar-se no
espelho e reconhecer a face de um país onde um quarto da sua população se
encontra em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Mesmo entendendo estas diferencias e
desigualdade, temos que respeitar as pessoas e suas escolhas. Cada um tem uma
opinião e uma ideologia diferente que deve ser respeitada, só assim vamos
acabar com a intolerância e este ódio que estamos assistindo em nosso país.
Intolerância e ódio que alastraram após as eleições de 2018. Este cenário tem
que mudar conscientizando que o ódio à intolerância só leva a discórdia entre
as pessoas e regiões em todo o país. Temos que combater o ódio e a intolerância
sem que haja uma luta onde rebatemos com a mesma moeda.
A disputa entre Bolsonaro e Lula ficou
clara na divisão regional no primeiro turno. Bolsonaro teve mais votos que o petista
no Sudeste no Sul e no Centro-Oeste. Já Lula ganhou no Nordeste e no Norte.
Diante deste fato, temos consciência que os
dois Brasis não se sustentam apenas pelo processo eleitoral e repactuar estas
regiões será fundamental para poder governar o Brasil.
Não
podemos negar que o país está dividido entre dois projetos, após uma campanha
marcada por intensos ataques e polarizada, deixou visível o racha entre sul e
nordeste, colocando em risco o pacto federativo. Não são apenas ricos contra
pobres, brancos contra pretos, esquerda contra direita, evangélicos contra
católicos. São brasileiros contra brasileiros. Assim, o presidente eleito terá
pela frente a tarefa de repactuar
os setores da sociedade com um projeto de nação como uma das
principais e imediatas tarefas desarmando os espíritos radicalizados desta
eleição.
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