quinta-feira, 6 de outubro de 2022

ARTIGO - Não existe direita sem Bolsonaro, assim como: (extra Ecclesiam nulla salus) (Padre Carlos)

 


O bolsonarismo conseguiu se firmar como força no cenário político brasileiro





A derrota de muitos dos antigos aliados do presidente, me levaram a uma reflexão mais cuidadosa sobre o que realmente aconteceu com queles políticos que se afastaram do bolsonarismo e tentaram criar uma direita independente. Este tipo de comportamento me fez lembrar um dos axiomas mais célebres da eclesiologia: “fora da Igreja não há salvação” (extra Ecclesiam nulla salus), ou poderíamos dizer, sem Bolsonaro hoje não há direita.

Se de uma coisa tenho certeza, é que o bolsonarismo conseguiu se firmar como força permanente do cenário político brasileiro nestas eleições. O Partido Liberal (PL), que hoje abriga o presidente Jair Bolsonaro, elegeu as maiores bancadas na Câmara (101, de 513 deputados) e no Senado — onde agora conta com 14 dos 81 senadores — mais a base aliada do "Centrão", os partidos que apoiam o governo.

         Esse resultado indica que, ainda que Lula vença a eleição presidencial no segundo turno, dependerá dos partidos que estão com Bolsonaro para governar. Igualmente, se reeleito, o atual presidente precisará da oposição comandada por Lula para administrar o país.

Para os cientistas políticos a pergunta que não quer calar é: mas, o que, afinal, significa ser bolsonarista? A pergunta é importante porque este conceito está ligado a um dos fenômenos políticos mais importantes da história recente do Brasil e que ainda deve gerar repercussões por muitos e muitos anos: Em primeiro lugar, temos que admitir que o bolsonarismo representa uma parcela bastante relevante do eleitorado e da sociedade brasileira e diante do fisiologismo busca na ilusão que esta corrente de pensamento pode levar a uma direita ideológica.

Após o primeiro turno das eleições 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados podem comemorar os resultados das urnas. Além de apresentar números acima do que eram divulgadas na maioria das pesquisas eleitorais, o presidente conseguiu expandir sua bancada na Câmara dos Deputados e eleger ex-ministros para o Senado. Outro fato importante foram o baixo desempenho eleitoral dos seus ex-apoiadores e todos aqueles que se afastaram do bolsonarismo. Podemos citar aqui os casos da jornalista Joice Hasselmann (PSDB) e Alexandre Frota (PSDB), como exemplo e outros como o ex-juiz Sergio Mouro que se elegeu senador porque voltou a vincular seu nome ao do presidente e o seu governo.

 


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