As elites e o judiciário
Um dos grandes erros do Presidente Lula, foi
achar que na nossa cultura jurídica fosse de verdade um dos elementos republicano
do estado de direito. As nossas elites não vê problema nenhum que alguns tenham
que abaixar a cabeça para lei enquanto outro tenha prazer em pisoteá-la.
A frase “aos amigos tudo,
aos inimigos a lei” é comumente atribuída ao ex-ditador/presidente
Getúlio Vargas. Na verdade, quem a pronunciou pela primeira vez foi o também
ex-presidente Artur Bernardes. Vargas a incorporou ao seu discurso, não
sem antes aprimorá-la. Dizia ele que: "Aos amigos tudo, aos
inimigos o rigor implacável da lei, se possível”. Não deixa de ser
contraditório que, como ditador, ele punisse adversários com os rigores da lei.
A elite presente no judiciário tem
como objetivo desde cedo formar uma consciência de classe, por isto, se conhece
muitas vezes desde a infância, porque os pais já se conheciam. Frequentaram as
melhores escolas, universidades, têm sociabilidade em comum. Com isto, gostaríamos
de dizer que se trata de famílias ao mesmo tempo jurídicas e políticas, uma
unidade que sempre opera em rede. Não existe aquela figura, como alguns
imaginam, de pessoas que são “novas”, ou “emergentes”, ou “renovadoras”. Quer dizer, vivem na mesma bolha.
Têm as mesmas opiniões e gostos políticos e ideológicos. E todos têm conexão
com a indústria advocatícia, com os grandes escritórios jurídicos.
Padre Carlos
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