quinta-feira, 7 de setembro de 2023

ARTIGO - As cores da pátria sequestradas pela intolerância

 

Como a extrema-direita sequestrou nossos símbolos




Depois que a ultradireita passou a usar o verde e amarelo eu passei a ter vergonha de usar estas cores

O verde e amarelo de nossa bandeira sempre me encheu de orgulho e alegria. Lembro-me vivamente da emoção de criança ao ver o verde da natureza exuberante do nosso país e o amarelo do sol que ilumina nossas terras.

No entanto, nos últimos anos, uma tristeza toma conta de mim quando vejo estas cores, antes símbolos de nossa pátria e agora apropriadas por grupos radicais de extrema-direita. O verde e amarelo, outrora cores da esperança e do patriotismo sadio, foram sequestrados por uma minoria que propaga o ódio e intolerância.

Sinto falta do verde e amarelo que significavam união, respeito às diferenças e anseio por justiça social. A bandeira de meu país, outrora orgulho nacional, foi transformada em flâmula de politicagem rasteira.

Não posso compactuar com esse desvirtuamento dos símbolos brasileiros. Repudio veementemente o que o verde e amarelo passaram a representar. Enquanto não resgatarmos os verdadeiros valores que nossa bandeira incorpora, não me sentirei à vontade para exibi-la.

O Sete de Setembro deveria ser uma data de confraternização, de rememorar a luta do povo brasileiro por liberdade e igualdade. Infelizmente nos últimos anos, foi também deturpado por grupos que nada têm a ver com o espírito de nossa Independência.

Espero que a partir desta data possamos resgatar o verdadeiro significado do verde e amarelo, as cores da esperança e do patriotismo consciente. Até lá, mantenho a fé de que o bom senso prevalecerá e que o Brasil voltará a ser uma nação justa, solidária e soberana.


Padre Carlos 

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