Irregularidades
da Lava Jato exigem investigação e punição
O recente relatório parcial do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) sobre a 13a Vara Federal de Curitiba, responsável
pela Operação Lava Jato, trouxe à tona graves irregularidades que exigem
investigação profunda e responsabilização.
O documento aponta problemas na gestão de
valores originados de acordos firmados na época em que o ex-juiz Sérgio Moro
comandava as investigações. Ficou evidente a falta de transparência e controle
no destino dado a bilhões de reais confiscados.
Além disso, o relatório identifica um
possível "conluio" para desviar recursos que deveriam ir para a
Petrobras. Parte expressiva foi direcionada para uma fundação privada
controlada por procuradores, o que é ilegal. Outra parte iria para um grupo de
acionistas minoritários, quando o certo seria o dinheiro voltar integralmente
para a estatal lesada pelos crimes.
Essa situação é extremamente grave e não
pode passar impune. O ministro da Justiça, Flávio Dino, acertou ao determinar
que a Polícia Federal investigue possíveis crimes relacionados ao destino do
dinheiro da Lava Jato. Também foi acertada a decisão de criar um grupo de
trabalho no CNJ para aprofundar as apurações.
É primordial que todos os envolvidos nessas
irregularidades sejam responsabilizados, especialmente o ex-juiz Sérgio Moro,
que comandou os processos e deveria ter fiscalizado o correto uso dos valores
confiscados. Sua parcialidade e motivações políticas ficam cada vez mais
evidentes.
O combate à corrupção é fundamental, mas
não pode servir de pretexto para ilegalidades ainda piores por parte de agentes
públicos. O caso da 13a Vara de Curitiba é emblemático e mostra que é preciso
investigar e punir com rigor todos aqueles que se corromperam em nome de uma
operação que se dizia contra a corrupção.
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