A Inquietante Violência Policial na Bahia
Prezados leitores,
Hoje, gostaria de trazer à tona uma questão que tem assombrado não apenas os baianos, mas todos aqueles que acreditam em um estado democrático de direito: o crescimento alarmante dos índices de violência e brutalidade policial no estado da Bahia. É uma situação que, lamentavelmente, não tem recebido a atenção merecida por parte dos setores da esquerda que compõem o governo de Jerônimo Rodrigues.
O cenário que se deseja é preocupante. A Polícia Militar da Bahia, infelizmente, se tornou a instituição que mais mata no Brasil em intervenções. Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública não deixam espaço para dúvidas, registrando o maior número absoluto de mortes violentas no país desde 2019. Essa realidade é um grito de alerta para todos nós, cidadãos comprometidos com a justiça e a segurança de nossa sociedade.
É importante lembrar as palavras sábias de Martin Luther King Jr.: "Eu tenho medo é do silêncio dos justos." Diante desse quadro, o silêncio por parte dos partidos de esquerda que compõem a base do governo é garantidor. O corporativismo, o pragmatismo e o medo de perder influência no governo parecem ter se sobressaído sobre o compromisso com os direitos humanos e a justiça social.
A pergunta que fica martelando em nossas mentes é: onde estão os líderes dos partidos que deveriam levantar a voz contra o abuso de autoridade e a forma repressiva que a política de segurança pública da Bahia tem adotada? Não estamos exigindo que entreguem suas cargas, sabemos que coragem não é algo que brota facilmente na política, mas fazemos um apelo por gestos proféticos.
Um gesto profético pode ser simples, mas sua mensagem é poderosa. Não é necessário romper com o chefe do Palácio de Ondina, mas é urgente denunciar, discordar, e acima de tudo, representar o povo que clama por justiça e segurança. Se esta política de segurança pública fosse imposta por um governo de direita, certamente já teríamos ouvido críticas inflamadas de ativistas e oposição. O silêncio interno no PT e outros partidos é um sinal de preocupação de conivência.
A violência policial não pode ser tolerada, independentemente de quem governa. O compromisso com a proteção dos direitos humanos deve estar acima de qualquer aliança política. Os líderes de esquerda têm a responsabilidade de liderar essa luta, não apenas em discursos, mas com ações concretas.
Nossa esperança é que, em breve, possamos ver uma mobilização interna, uma cobrança por mudanças e uma defesa vigorosa dos valores que a esquerda diz representar. A Bahia e o Brasil merecem uma política de segurança pública que protege a vida e a dignidade de todos os seus cidadãos.
Na última análise, lembremo-nos de que a justiça e a retidão não têm cor partidária. Elas são o Alicerce de uma sociedade justa e democrática. É hora de agir, é hora de falar, é hora de fazer a diferença.
Martin Luther King Jr. Tinha razão, o verdadeiro medo está no silêncio dos justos.
Padre Carlos
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