sábado, 2 de setembro de 2023

ARTIGO - Quem Cala Consente: Bolsonaro, Michelle e Aliados Optam Pelo Silêncio.

 


É legítimo questionar: por que o silêncio?

 

 


 

Nestes tempos tumultuados da política brasileira, um ditado popular ressurge com força total: "quem cala consente". E é exatamente essa premissa que paira sobre o caso das jóias envolvendo o ex-Presidente Jair Bolsonaro, sua esposa Michelle Bolsonaro e seus aliados políticos. O silêncio ensurdecedor que permeia essa situação não apenas levanta dúvidas, mas também lança uma sombra de suspeita sobre o cenário político nacional.

O caso teve início em agosto de 2023, quando uma denúncia anônima abalou os alicerces do país. Alegou-se que Bolsonaro e Michelle estariam envolvidos em uma tentativa de venda de jóias recebidas de governos estrangeiros durante suas viagens oficiais ao exterior.

O que torna esse caso ainda mais intrigante é o manto de silêncio que o envolve. Bolsonaro, Michelle e seus aliados políticos optaram por não se manifestar publicamente, deixando seus advogados como porta-vozes. Os defensores dos envolvidos questionam a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir o caso e afirmam que seus clientes só se manifestarão perante a Procuradoria-Geral da República (PGR). Tal estratégia deixa perguntas no ar. É legítimo questionar: por que o silêncio?

A resposta a essa pergunta não é simples. Alguns argumentam que o silêncio é uma forma de proteger-se legalmente, evitando declarações precipitadas que possam prejudicar seus casos. No entanto, em uma democracia, a transparência e a prestação de contas são essenciais para a manutenção da confiança do público nas instituições e nos líderes políticos. O silêncio prolongado pode ser interpretado como um sintoma de falta de cooperação ou até mesmo de tentativa de obstrução da justiça.

A Polícia Federal realizou buscas e apreensões na residência do casal e na agência bancária em questão, porém não encontrou as jóias em questão. A defesa de Bolsonaro e Michelle nega veementemente que eles tenham recebido ou tentado vender as jóias, alegando que se trata de uma "armação política" com o propósito de prejudicar a imagem do ex-Presidente.

Nesse contexto, a velha máxima "quem cala consente" volta a ecoar com vigor. O público merece esclarecimentos, informações detalhadas e uma prestação de contas completa. Não é suficiente alegar conspiração sem apresentar provas sólidas. Afinal, em um Estado de Direito, a justiça deve ser transparente e imparcial.

Esse episódio ressalta a importância de uma imprensa livre e ativa na fiscalização do poder público. A sociedade tem o direito de saber a verdade por trás desse caso e de julgar por si mesma. O silêncio prolongado de Bolsonaro, Michelle e aliados políticos só aumenta a urgência de respostas.

Em um momento em que a democracia brasileira enfrenta desafios, a transparência e a responsabilidade são mais essenciais do que nunca. O silêncio não é uma opção satisfatória quando se trata de questões que afetam a confiança do público nas instituições democráticas. Nossa sociedade exige respostas, e é fundamental que elas sejam dadas de maneira clara e convincente. Afinal, como diz o ditado, "quem cala consente", e é hora de dissipar qualquer sombra de dúvida que paira sobre esse caso.

 


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