O homem e a sua
humanidade
Várias são as explicações para o processo de humanização
e as ciências que o discutem: a filosofia, a antropologia, a sociologia, a
história, a biologia, a psicologia, entre outras. Entretanto, consideramos que
este processo se dar através das lutas e o acumulo de forças das conquista dos
povos. Será que o homem nasce humano? As características humanas estão
presentes desde o nascimento? O que é ser humano? Como ocorre o processo de
tornar-se humano? O que diferencia os humanos dos animais? Questões como essas
inquietam e inquietaram a humanidade no decorrer dos séculos de sua existência.
Essa tomada de consciência vai se dando de forma lenta e gradativa em relação à dignidade sagrada de todos os seres humanos. Apesar da Igreja institucional não ter sido nenhum exemplo de resistência, não podemos esquecer os padres e religiosos que defenderam estas almas com as próprias vidas e passaram a criar uma consciência que todos são filhos de Deus. Sim, buscando no Livro Santo sua fundamentação: Génesis, dizendo que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus.
Nesta marcha lenta dos "direitos fundamentais do Homem", encontramos múltiplos indícios, ainda antes da modernidade. Assim conhecendo a história da humanidade, sabemos que foi uma longa jornada até chegarmos a Declaração Universal de Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a 10 de Dezembro de 1948, em Paris. Dos 48 Estados então representados nas Nações Unidas, nenhum votou contra, 40 votaram a favor, oito abstiveram-se: os seis países comunistas, a África do Sul e a Arábia Saudita. Nos artigos 1 e 2, lê-se: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e distinção alguma de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou qualquer outra situação".
Na fundamentação dos direitos humanos, encontramos
inevitavelmente as famosas afirmações de Kant: "Tudo no mundo tem um
preço; só o Homem tem dignidade." "O Homem é fim, e nunca meio ou
instrumento; portanto, independentemente da sua maior ou menor utilidade,
reclama um respeito incondicional." Kant está falando da liberdade enquanto
ela é de fato, que nos distingue das coisas e dos animais e se explicita na
consciência do dever.
Para ser fim, o Homem tem de ter nele algo de absoluto, incondicional, infinito. Então, se tem algo de infinito em si mesmo, que é a pergunta pelo Infinito, o Homem é fim, pois, para lá do Infinito, não há mais nada.
Para ser fim, o Homem tem de ter nele algo de absoluto, incondicional, infinito. Então, se tem algo de infinito em si mesmo, que é a pergunta pelo Infinito, o Homem é fim, pois, para lá do Infinito, não há mais nada.
Padre Carlos
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