Não
podemos viver sem o domingo
Nesta quarta feira presenciei na fila de um banco da nossa
cidade um diálogo entre dois evangélicos. O tema tratado era o feriado da festa
da padroeira da nossa cidade e o 12 de outubro, a padroeira do Brasil. Confesso
a vocês que me deu vontade de participar daquela conversa e lembrar aqueles
irmãos, que esta celebração litúrgica revive Maria, sim a Maria das
nossas devoções, das nossas admirações e da nossa fé. A Mãe de Jesus, rosto
feminino de Deus, Maria de Nazaré, da Palestina do século I.
Maria que se faz
pobre no meio do povo. Na verdade, é a própria Maria de Nazaré, pobre no meio
do povo, como ela sempre foi. A indicar que no meio dos pobres, inspirando um
mundo novo, sem pobreza, sem miséria, está Deus, que é aquela Mãe generosa e
acolhedora. Apenas isto: a Mãe de Deus foi isenta de toda a mancha de pecado
desde o primeiro momento. Como sabemos, entrou na nossa história e é a
Padroeira da nossa cidade. Tudo se expressou dentro duma época e não existe
quem com devoção à Virgem, não encontre nesta festa o motivo maior da sua
devoção.
O mundo mudou a expressão
religiosa também, surgiram à discussão se deveria ser feriado este 15 de agosto
em Vitória da Conquista e o 12 de outubro no nosso país. Sim, não podemos esquecer
o que fizeram na nossa cidade com Corpus
Christi, dia que para nós é santo. A sociedade foi-se habituando a
chamar ao dia sagrado do domingo fim de semana, apenas intervalo na rotina do
trabalho com o esquecimento do seu lugar histórico na fé cristã e judaica - no
caso, o sábado -, que sempre zelaram para que um dia na semana fosse consagrado
a Deus. Sabemos também como os grandes centros comerciais se tornaram as
grandes catedrais, iguais de domingo a domingo, numa perda da sacralidade dum
dia que faz parte da história dos cristãos. Mas isso está muito relacionado à
nossa cultura católica e cristã.
Padre Carlos
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