Uma Política Externa Ativa e Altiva
Um dos
grandes problemas da esquerda brasileira é não ter a cultura de lembrar dos
seus companheiros que partiram e resgatar para as novas gerações, o seu
legado. Quero lembrar ao PT
principalmente, que a memória é um dos alicerces que dá sentido ao projeto de
partido. Preservar a memória institucional e partidária é manter o partido vivo
e uma forma de fortalecer a sua militância. Quando memorizamos, isto é,
resgatamos a memória de um companheiro, afirmamos a sua importância na
construção do partido e das suas contribuições na história recente do país,
para as novas gerações.
Com a perda relativa de protagonismo
internacional brasileiro e a política exterior de menor intensidade nos
governos Temer e Bolsonaro ficam evidentes cada vez mais a sua importância como
estrategista capaz de transformar principalmente seu conhecimento acumulado na Secretaria
de Relações Internacionais do partido – sobre política externa e relações
internacionais em um projeto de “Política Externa Ativa e Altiva” para a
soberania de todo um continente.
Tive oportunidade de conhecer este
companheiro em uma palestra em Campinas, na década de oitenta. Professor universitário,
conhecedor profundo da história das esquerdas brasileiras e latino-americanas,
intelectual brilhante, militante experiente, fundador do PT e secretário de
Relações Internacionais do partido por vários anos. Acompanhei durante todos estes
anos a trajetória deste companheiro e posso afirmar que ele teve um papel
central na formulação e na prática da política externa brasileira durante os
dois mandatos de Lula e, com menor intensidade, no governo Dilma. Não é a toa
que foi no âmbito da política externa que os governos petistas, provavelmente,
tenham chegado mais próximos das teses defendidas pelo partido desde a década
de 1980 e nos programas das várias campanhas presidenciais de Lula.
Marco Aurélio Garcia?
Presente!
Padre Carlos
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