quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ARTIGO - Uma Igreja de martírio ( Padre Carlos )




Uma Igreja de martírio


            Não podemos negar que os mártires, tiveram um papel fundamental na construção do pensamento coletivo da Igreja.  O modelo dos martírios confirma a Igreja de todas as épocas e nos ensina que a escolha por Jesus não é optar pelo caminho mais fácil, mas pelo caminho certo, independente do contexto histórico em que vivemos. A palavra mártir vem do grego mártys, mártyros, que significa testemunha. O mártir é uma testemunha qualificada que chega ao derramamento do próprio sangue.
   
         Não podemos entender este acontecimento como uma patologia, não contextualizar tal decisão e não compreender tal gesto como ação própria do seu tempo é descontextualizar esta quadra da história. Na verdade, desde o início da Igreja, muitos cristãos tiveram que testemunhar a sua fé ao preço do próprio sangue, pois havia forças hostis ao cristianismo, que se expressavam de forma radical no governo e na cultura. Lembremos aqui o testemunho comovente de Santo Estevão, Santo Inácio de Antioquia, São Policarpo, Santas Perpétua e Felicidade e tantos outros.
 O amor a Igreja e o testemunho da fé ainda em alguns lugares do planeta são pago com a própria vida. Hoje em todo o mundo, muitos são perseguidos e mortos por causa da fé que professam. Isso não só entre os cristãos, mas em várias confissões religiosas. O objetivo é mostrar, através de seus luminosos exemplos, que morrer confessando a fé não é algo incomum, nem tampouco inacessível para quem realmente ama Cristo. Qual a diferença entre o Coliseu em Roma e as Igrejas de São Paulo em Mosul e Sant'Elia em Aleppo na Síria, nenhuma, todos estes lugares foram tingido de vermelho, como o sangue dos mártires cristãos, este ultimo, no sábado, 24 de fevereiro de 2018.

           Hoje, podemos vivenciar este testemunho através de uma espiritualidade em que o martírio diário se faz presente. Diante disto, o essencial na vida do cristão passa a ser inspirado no mais puro amor, ajudando os irmãos, principalmente os mais pobres a terem forças suficientes para sobreviver à miséria imposta e as enfermidades através da Fé Católica.
            Enquanto não tomarmos consciência, do que isto quer dizer no vocabulário e na prática eclesial, continuaremos sem entender a missão da Igreja nem o papel que os mártires exerceram e exerce em nossas vidas.

Padre Carlos



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