sexta-feira, 14 de julho de 2023

ARTIGO - Como o general Tomás Paiva se distanciou de Bolsonaro e se aproximou de Lula. (Padre Carlos)

 

 

A resposta do chefe do Estado-Maior do Exército ao ministro da justiça do governo Lula Flávio Dino





O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército desde fevereiro deste ano, tem sido alvo de críticas de ex-integrantes do governo Bolsonaro, que o viam como um aliado do ex-presidente. Segundo relatos de aliados de Bolsonaro, o general Tomás Paiva mantinha uma relação próxima com o então presidente, que costumava se hospedar no mesmo conjunto residencial que ele em São Paulo e ter conversas frequentes com ele.

No entanto, o general Tomás Paiva surpreendeu a muitos ao dar uma resposta firme e equilibrada ao ministro da justiça do governo Lula Flávio Dino, que havia questionado a atuação das Forças Armadas durante a pandemia de covid-19 e a crise institucional provocada por Bolsonaro. Em uma entrevista coletiva na última quarta-feira (12), Dino afirmou que o Exército deveria ter se manifestado contra as ameaças golpistas de Bolsonaro e que esperava uma mudança de postura da instituição no novo governo.

Em nota divulgada na quinta-feira (13), o general Tomás Paiva rebateu as declarações de Dino e afirmou que o Exército sempre agiu com base na Constituição e no respeito à democracia. O comandante do Exército disse ainda que as Forças Armadas não são subordinadas a nenhum governo ou partido político, mas sim ao Estado brasileiro e à sociedade. Ele ressaltou que o Exército colaborou com as ações de enfrentamento à pandemia, como a distribuição de vacinas, a montagem de hospitais de campanha e o apoio logístico às autoridades sanitárias.

A resposta do general Tomás Paiva foi elogiada por diversos setores da sociedade civil, como juristas, acadêmicos, jornalistas e líderes políticos. Muitos viram na nota uma demonstração de independência, profissionalismo e compromisso com a ordem constitucional por parte do Exército. Alguns também interpretaram a nota como um sinal de distanciamento do general Tomás Paiva em relação ao bolsonarismo e de abertura para um diálogo construtivo com o governo Lula.

Por outro lado, a resposta do general Tomás Paiva também gerou reações negativas de alguns apoiadores de Bolsonaro, que acusaram o comandante do Exército de traição, covardia e submissão ao PT. Alguns chegaram a pedir a sua renúncia ou a sua substituição por um militar mais alinhado ao projeto político de Bolsonaro.

Diante desse cenário, é possível afirmar que o general Tomás Paiva mostrou coragem e responsabilidade ao responder ao ministro da justiça Flávio Dino. Ele deixou claro que o Exército não é uma instituição partidária ou ideológica, mas sim uma instituição nacional e republicana, que deve servir aos interesses da nação e não aos interesses de um grupo ou de um indivíduo. Ele também sinalizou que o Exército está disposto a colaborar com o governo Lula dentro dos limites legais e constitucionais, sem abrir mão de sua autonomia e de seu papel institucional.

Essa postura do general Tomás Paiva é fundamental para garantir a estabilidade política e social do país, especialmente após um período turbulento marcado por tentativas de ruptura da ordem democrática. O Brasil precisa de um Exército forte, mas também democrático e respeitador das leis. O Brasil precisa de um Exército que seja um fator de união e não de divisão. O Brasil precisa de um Exército que seja um parceiro e não um adversário do governo eleito pelo povo.

 

 

 


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