A política externa brasileira
A política externa do
governo Bolsonaro, foi marcada nestes dois ano, com intervenções polêmica,
amadorismo e constantes recuos. Podemos afirmar, que o Ministério das Relações
Exteriores terminou os primeiros 24 meses da atual gestão com a imagem
desgastada e internacionalmente enfraquecido. A mensagem do governo brasileiro apoiando à operação determinada
pelo presidente americano, Donald Trump, que matou o principal líder militar do
Irã, o general Qasem Soleimani, foi entendida pela comunidade diplomática como
uma clara declaração de apoio do Brasil à ação militar dos Estados Unidos, a
ponto de o Irã chamar a encarregada de negócios da Embaixada brasileira em
Teerã para prestar explicações. Na linguagem diplomática, essa medida é uma
manifestação de insatisfação de um país com outro.
Outro
ponto que merece destaque foi os erros
político pelo Itamaraty de abandonar aliados antigos como os BRICS, para apoiar
a Política de Washington. Sem receber apoio na
OMC, Índia tirou Brasil da lista de prioridades para vacinas contra Covid-19. Em
outubro, a Índia apresentou uma proposta à Organização Mundial
do Comércio (OMC) para a licença compulsória (quebra de patente) temporária de
produtos relacionados ao combate da pandemia e o Brasil votou contra. Outro fato importante que não podemos deixar
de mencionar, são as crise provocada pelas falas do Presidente e do eu filho, o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (Republicanos-SP) atacando a China trouxe "graves danos" ao Brasil, estamos
assistindo agora o país adotando
barreiras comerciais contra produtos brasileiros e buscando outros fornecedores
de commodities.
Diante de todos estes acontecimentos, podemos
afirmar que a política externa brasileira, sofreu um retrocesso como
poucas vezes se viu na história do país. Tivemos os dois primeiro ano ideologizado,
com uma pauta que não se sustenta. Quando
vejo a imagem do Brasil tão desgastada no mundo, lembro o quanto lutamos por
uma política de integração da América Latina e sua importância na “Política
Externa Ativa e Altiva” dos governos do PT. Assim, foi criado as condições
políticas para uma articulação sul-sul e da aproximação com os continentes
africano, asiático e o Oriente Médio. Infelizmente, podemos constatar o quanto
perdemos nos últimos tempos da importância e liderança que exercíamos em relação
aos países em desenvolvimento. Tínhamos a real noção da importância da formação
de blocos como o Brics e o Ibas, vistos como estratégicos na construção de
articulações contra hegemônicas e para a reforma da ordem internacional vigente
e de suas instituições.
Com
a perda relativa do protagonismo internacional e uma política externa de menor intensidade nos governos Temer e Bolsonaro ficam evidentes cada vez
mais a importância que o presidente Lula teve no cenário internacional. O velho
sindicalista e político, foi capaz de transformar principalmente seu
conhecimento acumulado nas negociações com empresários e o governo militar, bem
como com as correntes de esquerdas que formaram o PT, em subsídios para a
criação de uma política externa e dando uma dimensão humana as relações
internacionais. Foram estes elementos que determinaram a criação de um projeto
de “Política Externa Ativa e Altiva” para a soberania de todo um continente.
A postura do governo Bolsonaro, de se posicionar num
conflito que não diz respeito diretamente ao Brasil, vai de encontro a tudo que
construímos ao longo de quase duas décadas e destoa da tradição diplomática
histórica do país, podendo trazer consequências irreparáveis principalmente em
três áreas: diplomática, no comércio e na segurança.
Hoje, podemos constatar a falta que
faz uma liderança capaz de conduzir com habilidade política, as lutas e projetos para construção da soberania
do Brasil e a toda a América
Latina. Sempre admirei a inteligência do presidente Lula, o seu
compromisso com a democracia e a justiça social e a sua enorme capacidade de trabalho.
Um comentário:
LULA SEGUIA ISSO:
Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
João 13:34
BOLSONARO SEGUE ISSO:
Vamos metralhar a petralhada
Vamos matar 30 mil.
Viadinho tem que morrer
QUAL DOS DOIS É CRISTÃO?
Postar um comentário