"Uma andorinha só não faz verão"!
Dizem
os mais velhos que "uma andorinha só não faz verão". Houve um tempo
em que eu acreditei nisso, hoje não mais. Estas certezas vieram a
minha mente, depois que tomei conhecimento do protesto que o mandato do
vereador Andreson Ribeiro, realizou em
frente ao Banco do Brasil contra o processo de desmonte da instituição que
levará a demissão além dos funcionários de carreira que serão demitidos em
plena crise econômica que estamos enfrentando, os terceirizados que sofrerão as
consequências desse projeto político desastroso. Este protesto do
mandato desse
abnegado representante do povo desta terra, contra a reestruturação do BB,
que levará a demissões e fechamento de agência, teve ampla repercussão na mídia,
mas evidenciou a falta de uma articulação dos partidos e de todo o campo das
esquerdas na nossa cidade.
Não podemos negar que há um
vazio de lideranças, com capacidade de convocação geral. Quando falo isto não
me refiro somente à classe política, mas o movimento sindical e popular. Temos
que ter consciência que possivelmente esta situação obrigará uma articulação
bem maior que um mandato e poucos assessores.
A esquerda precisa se
renovar, no paradigma social, na linguagem, nas formas de se dirigir ao povo e
especialmente se apresentar como um centro de reflexão séria sobre qual Brasil
finalmente queremos. Falta pensamento e sobre movimentação.
A esquerda brasileira nunca
teve muito enraizamento popular, apenas em algum dos sindicatos das grandes
indústrias. Seu poder de mobilização é mais metafórico (bandeiras vermelhas e
slogans) do que efetivo em termos de apresentar um projeto alternativo para o
país. Ela sempre foi uma força auxiliar de grupos progressistas,
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