terça-feira, 5 de janeiro de 2021

ARTIGO - A importância do voto de Valmir Assunção (Padre Carlos)

 

A importância do voto de Valmir Assunção

 


Alguns blogs da capital e do interior noticiaram a reunião do PT nacional divulgando como se quem votou em apoiar a candidatura de Baleia Rossi fosse um erro político. Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que não existe outro caminho concreto para o PT, em termo de política, que não seja neste momento o apoio à candidatura de Baleia, para presidente daquela casa.


A pergunta que deveriam fazer não era porque a maioria do partido votou pelo apoio, mas, por que temos que ser pragmático?  Se o partido lançasse um candidato com o Psol, poderia marcar uma posição, jogaria para torcida, mas, não estaria fazendo o seu trabalho no parlamento, que é fazer política. Não gosto de Baleia e sei que ele não é confiável, porém é necessário fazer política marcando uma posição já no primeiro turno e comprometendo a nova Mesa, uma agenda onde a esquerda possa existir de fato e de direito.

Confesso aos senhores que achai a dissidência maior do que esperava e os 23 votos que representa esta posição são de parlamentares e militantes sérios e que aceitarão a decisão da maioria. Sei que os companheiros de legenda sabem que o apoio a Baleia, esta condicionado a um compromisso programático e uma ação parlamentar que não deixe o PT de fora das grandes pautas. Temos que manter a oposição unida e isolar o partido era a intenção de parte de alguns antigos aliados. Vamos com isto, fazer parte da mesa diretora e assumir o segundo cargo mais importante daquela casa, que é a primeira Vice-Presidência ou a Primeira Secretaria da Casa. Este cargo será fundamental não só para o PT, mas, para toda a esquerda. Vamos a partir desta posição, participar de todas as reuniões que a direção da Câmara fizer e não ficaremos mais de fora das grandes pautas como aconteceu com o mandato de Rodrigo Maia.

Temos que entender nossos representantes e não criticar por estarem fazendo política, quando participamos da elite das discussões é fundamental deixar de fora as bravatas do antigo líder estudantil e olhar a sua volta a conjuntura e como os nossos aliados estão se comportado.


Cada partido tem uma perspectiva e isto é definido pelo tamanho da sua bancada e com o PT tem o agravante da hegemonia no campo da esquerda. Não podemos comparar as escolhas do PSol, com a responsabilidade que tem o partido com a maior bancada e capacidade de decisão. Porque somos pragmáticos e não vamos deixar o fascismo ocupar mais este poder da República e do Estado brasileiro é que alguns podem se dar ao luxo de marcar posição e não se sentir responsável se Artur Lira e a ultradireita chegar ao Poder Legislativo.

 

 


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