Moro não se retrata e se complica no STF
Em vídeo gravado em evento social, Moro
fala em 'comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes'. Em nota, Moro afirmou que
vídeo com a fala é um fragmento editado e que não fez acusação contra o
ministro.
O senador Sergio Moro (União-PR) foi
denunciado por calúnia ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria
Geral da República (PGR) por uma declaração sobre o ministro Gilmar Mendes. O
caso será relatado pela ministra Cármen Lúcia.
Segundo a denúncia, assinada pela
vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, Moro teria ofendido a
honra de Mendes ao insinuar que ele venderia habeas corpus. A PGR pede que Moro
seja condenado com base no artigo 138 do Código Penal, que prevê pena de seis
meses a dois anos de detenção e multa para quem caluniar alguém.
A PGR também aponta como agravantes o fato
de o suposto crime ter sido cometido contra funcionário público, na presença de
várias pessoas e contra pessoa com mais de 60 anos. Nesse caso, a pena pode ser
aumentada de um terço até metade.
Além disso, a PGR requer que Moro perca o
mandato de senador se for condenado a uma pena privativa de liberdade superior
a quatro anos.
A denúncia tem origem em uma representação
feita pelo próprio Mendes à PGR na última sexta-feira (14), após a revista Veja
divulgar um vídeo em que Moro aparece em um evento social falando sobre o
ministro.
No vídeo, Moro responde a uma fala que
menciona um possível "suborno" a alguém. Moro diz: "Não, isso é
fiança... instituto... para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes."
Em nota, Moro negou que tenha feito
qualquer acusação contra Mendes e afirmou que o vídeo foi editado por
terceiros. Ele disse que sempre se pronunciou de forma respeitosa em relação ao
STF e seus ministros e que repudia a denúncia apresentada pela PGR.
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