Identificando e Mobilizando o Eleitor Conservador
Vitória da Conquista, uma cidade localizada no interior da Bahia, tem testemunhado um crescimento significativo do eleitorado conservador, principalmente na forma de apoio à ultra-direita. No entanto, um dos grandes desafios enfrentados pelos eleitores conquistenses é identificar seus representantes e compreender os projetos políticos em vigor. Esse cenário é agravado pela polarização existente entre a direita liberal, representada pela atual prefeita, e a esquerda, representada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A ultra-direita bolsonarista, que ganhou força nas últimas eleições presidenciais, enfrenta a decisão de lançar uma candidatura própria em Vitória da Conquista ou correr o risco de entregar seus votos ao projeto da prefeita atual. Para entender essa dinâmica, basta observar o mapa eleitoral, no qual o candidato da direita liberal venceu para governador em Vitória da Conquista nas eleições anteriores, enquanto o candidato para presidente da ultra-direita, Bolsonaro, obteve menos apoio. Isso ocorreu porque a direita liberal não demonstrou interesse em fazer campanha específica para a ultra-direita.
O Partido Liberal (PL) precisa compreender a importância de ter uma candidatura própria em Vitória da Conquista, a fim de conquistar o eleitor conservador e oferecer um projeto que ressoe na cidade. A disputa entre o advogado e radialista Washington Rodrigues, diretor da Rádio Clube de Vitória da Conquista, e outros membros do partido pode ser crucial, desde que represente uma renovação dentro do partido. É fundamental que projetos pessoais sejam deixados de lado em prol de um projeto coletivo. É impossível falar em nome do eleitorado enquanto não se chegar a um consenso.
Não podemos esquecer de lideranças como Edilson Gusmão e Ivan Cordeiro, que, embora ainda não estejam filiados ao PL, representam esse eleitorado bolsonarista. Se a extrema-direita deseja se posicionar como uma alternativa viável e colocar seu projeto em ação, não pode se deixar seduzir pelos apelos da direita liberal. O caminho certo é o diálogo e a busca por uma forma de unir todas as lideranças em um mesmo palanque.
É essencial que o eleitorado conservador em Vitória da Conquista seja identificado e mobilizado de forma eficiente. Para isso, é preciso que os representantes da ultra-direita articulem seus projetos de maneira clara e assertiva. Atrair o eleitorado conservador requer um trabalho conjunto, com lideranças que compreendam suas demandas e apresentem propostas que correspondam a suas expectativas.
Nesse contexto, a ultra-direita tem uma oportunidade única de consolidar-se como uma força política em Vitória da Conquista. No entanto, isso só será possível se houver uma abordagem estratégica que busque unir todas as vertentes conservadoras em torno de um projeto coletivo. A identificação de lideranças representativas, como Washington Rodrigues, Edilson Gusmão e Ivan Cordeiro, pode fortalecer esse movimento, desde que haja um consenso sobre os princípios e objetivos comuns.
Em suma, a ultra-direita vem conquistando votos significativos em Vitória da Conquista, representando um eleitorado conservador em crescimento. No entanto, é essencial identificar e mobilizar esse eleitorado por meio de candidaturas e projetos políticos que sejam capazes de capturar suas aspirações e anseios. A ultra-direita deve evitar ser seduzida pela direita liberal, buscando o diálogo e a união entre todas as lideranças conservadoras, a fim de apresentar uma alternativa coesa e atrativa para os eleitores conquistenses. Somente dessa forma será possível consolidar uma presença política efetiva e representativa na cidade.
Um comentário:
Não acredito que a "Direita" ou "Estrema Direita" vem ampliando seus eleitores em Vitória da Conquista.
Fazer tal afirmativa levando em conta somente às últimas eleições é não considerar o cenário macropolítico e social daquele momento atípico. É também despresar o cenário micro consistindo em um governo que, tudo leva a crer, utilizou-se da "Maquina Pública" entre outras artimanhas para ganhar aquela eleição.
Nesse sentido, precisamos verificar a expressividade dos candidatos citados nas esferas política, social e histórica dessa cidade e região. Praticamente não há.
Pensemos!
Por: J. Silva
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