O tempo e a vida
O que surge desaparece. O que nasce morre. Até o tempo que é infinito, também passa. O tempo de ontem se foi, o tempo de hoje está indo, o tempo de amanhã irá. Assim, nós é que não nos acostumamos com a transitoriedade da vida, com a fragilidade das coisas. Queremos estar sempre presentes, queremos ser eternos.
Como diz o poeta:
“És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo, tempo, tempo, tempo Vou te fazer um pedido Tempo, tempo, tempo, tempo”.
Como filósofo me perco na meta-física, onde termino me encontrando com os teólogos, que se guiam por seus deuses. Deus meu! Deus tempo!
Essas palavras expressam um sentimento comum a muitas pessoas: a angústia diante da passagem do tempo e da finitude da existência. Vivemos em uma sociedade que valoriza a juventude, a beleza e o sucesso, e que nos impõe um ritmo acelerado de produção e consumo. Nesse contexto, envelhecer e morrer são vistos como fracassos ou castigos.
Mas será que essa é a única forma de encarar o tempo e a vida? Será que não podemos aprender a aceitar e aproveitar cada momento como uma oportunidade de crescimento e realização? Será que não podemos reconhecer o valor e a sabedoria dos mais velhos, que acumularam experiências e conhecimentos ao longo dos anos? Será que não podemos respeitar o ciclo natural das coisas, que envolve nascimento, transformação e morte?
Penso que sim. Penso que podemos mudar nossa relação com o tempo e a vida, se nos libertarmos das ilusões e das pressões da sociedade atual. Penso que podemos viver de forma mais plena e feliz, se nos conscientizarmos de que somos parte de um todo maior, que transcende nossa individualidade. Penso que podemos encontrar sentido e propósito em nossa existência, se nos conectarmos com nossa essência divina, que é eterna.
Não quero negar a dor e o sofrimento que acompanham a perda e a morte. Mas quero afirmar que há também beleza e esperança na renovação e na continuidade da vida. Quero convidar você a refletir sobre o tempo e a vida, não como inimigos ou obstáculos, mas como mestres e aliados. Quero sugerir que você aproveite cada instante como um presente precioso, sem se prender ao passado ou se angustiar com o futuro.
Como diz outro poeta:
“Carpe diem Colhe o dia Colhe o instante Sorve a vida”.
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