quinta-feira, 30 de maio de 2019

ARTIGO | Cum – pane (Padre Carlos)





Cum – pane

            Como militante fazemos escolhas na nossa vida e uma delas, é definirmos se tomamos decisões individuais ou coletivas. Estas escolhas nos levam a receber todos os ônus e bônus, levando cada individuo a se responsabilizar pelo coletivo, pagando todos os riscos de caminhar no fio da navalha. É muito fácil quando decidimos segundo as nossas necessidades e conveniências, quando decidimos ao nosso favor de forma egoísta e individualista, porque não precisamos acatar nenhuma decisão que somos contrários nem esperar que alguém cumpra em aceitar as minhas certezas e verdades.
     
       Um projeto para mudar o País e tirar milhões de brasileiros da linha de miséria, jamais poderia ser individual e particular. O sonho de toda uma geração que lutou e pagou com a própria vida e que traz ainda hoje no corpo a dor e as cicatrizes da tortura, tinha que ser construídos por varias mãos: Operários, intelectuais, Igreja Progressista e Setores da classe média. Milhares de pessoas que dedicaram os melhores anos de sua vida e sua juventude, para que este sonho utopia se tornasse verdade.
            Sabíamos que não poderíamos ser ingênuos e que a nossa revolução não seria com cravos, mas com as armas do inimigo, isto é, participar do jogo democrático e eleitoral com todos os seus viços e contradições. O uso de caixa dois e alianças com setores da burguesia faziam parte deste manual da democracia burguesa.
Durante décadas, os partidos de direitas usaram esta prática para se eleger e fraldar eleições. Suas relações como empresariado sempre foram promíscuo, como ficou comprovado no casso da JBS. Setores da direita e os homens de negócios, sempre trataram as coisas publicas como privadas e não permitiriam de forma alguma que houvesse qualquer politica de distribuição de renda.
            A palavra companheiro remete ao latim cum – pane; o seu significado é comunhão, isto é "o que come do mesmo pão, na mesma mesa". Na Roma antiga, os romanos sentavam juntos na mesa para comer, beber e compartilhar as suas alegrias, tristezas e também preocupações. Esse ato de compartilhar era um momento importante na vida dos cidadãos romanos.
      
      Pensando nisto é que escrevo este artigo e para tanto, gostaria de chamar atenção dos setores progressista, para não esquecer os companheiros que mesmo encarcerados e doentes, se mantiveram íntegros e não fizeram escolhas pessoais. Lula Livre! 
 Viva Zé, Delúbio e Genuino!



Pe. Carlos
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