O Muro e as minhas
esperanças
“Há pessoas que choram por saber que
as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm
rosas!”
Machado de Assis
Machado de Assis
Este ano vai completar 30 anos da queda do
Muro de Berlim. Foi exatamente em nove de novembro de 1989, que este grande
acontecimento de amplas consequências não só para a Alemanha como também para
todo o mundo, teve o seu desfecho final. O Muro de Berlim, construído pela
Alemanha Oriental para separar a Berlim Ocidental, não comunista, da Berlim
Oriental, começou a ser construído em 13 de agosto de 1961 e foi derrubado
em 1989. Menos de um ano depois, em três de outubro de 1990, concretizava-se a
reunificação da Alemanha, que estivera dividida durante 41 anos em consequência
da derrota do país na Segunda Guerra Mundial.
Este fato mexeu com a cabeça
de muita gente, quando fiquei sabendo do ocorrido, me veio na hora uma sensação
de alegria, mas ao lembrar pessoas e não posso deixar aqui de ciar o velho
(Carlos Prestes), que deram suas vidas por um ideal comunista, seria trágico
ver suas utopias sendo colocadas a baixo junto com aquele muro.Naquele mesmo ano, outro episódio dava alento e esperança a esquerda no Brasil, um candidato do campo progressista, Luiz Inácio Lula da Silva foi para o segundo turno das eleições presidências. Foram as primeiras desde 1960 em que os cidadãos brasileiros aptos a votar escolheram seu presidente da república. Da coligação encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, e Fernando Collor de Mello, da coligação encabeçada pelo PRN.
Apesar da queda do Muro de Berlin, ter desestabilizado algumas certezas na nossa cabeça, com a nova conjuntura que se formava em nosso país, não tive tempo de processar todos aqueles acontecimentos.
Prestes faleceu em março de 1990, O “cavaleiro da esperança” nos legou a certeza de tornar a florescer em cada nova estação.
Padre Carlos.
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