O que é isto Companheiro
Quem me conhece sabe:
sou petista com muito orgulho e, enquanto ser-no-mundo, como diria Paulo
Freire, sempre me posicionei ideologicamente no campo da esquerda. Mas
reconheço que a esquerda é muito mais abrangente do que o lulismo e o petismo.
O que recuso é a simplificação da realidade social e política, sua redução à
dicotomia maniqueísta do “”bem” versus o “mal”.
A realidade é mais
complexa. No mundo da política não há só dois partidos; a política não se reduz
ao PT. Sou petista desde 1980! O PT foi e é uma das minhas “universidades”,
como diria o saudoso Maurício Tragtenberg. Aprendi muito, conheci muitas
pessoas e fiz amizades que mantenho até o presente. Muitas delas deixaram o PT.
São livres para escolher e cabe-me apenas respeitar a decisão. Tenho amigos na
esquerda crítica ao PT – em muitos casos, também oriundos do petismo. Na minha
militância, conheci outras pessoas, nem petistas nem comunistas. Também tento
compreender e respeitar. Não pauto as minhas amizades por cores ideológicas.
O fato de alguém pensar diferente não o torna necessariamente o meu inimigo. Para além das manifestações de ódio e violência, do preconceito social e do machismo renitente, é preciso ter claro que nem todos agem e pensam preconceituosamente e sejam misóginos. A democracia pressupõe o direito de pensar diferente. Aprendi nestes quarenta e cinco anos de militância, que com efeito, na política a linguagem nunca é inocente, ela está sempre em disputa. Os rótulos e slogans são próprios das simplificações ideológicas. Como o medo, a linguagem é um ingrediente inerente à luta política. Seu uso tende a ser generalizado, indiscriminado e perigoso!
É preciso preservar o direito de divergir. Porém, isto não significa aceitar ser acometido pela cegueira política, própria dos fanáticos que alimentam o ódio. Há também os que se recusam a ver, embora enxerguem com os olhos. Os que inadvertidamente atropelam a democracia, ainda que paradoxalmente em nome da democracia, semeiam os frutos amargos do autoritarismo. Como escreve Saramago: “É uma grande verdade a que diz que o pior cego foi aquele que não quis ver”.
O fato de alguém pensar diferente não o torna necessariamente o meu inimigo. Para além das manifestações de ódio e violência, do preconceito social e do machismo renitente, é preciso ter claro que nem todos agem e pensam preconceituosamente e sejam misóginos. A democracia pressupõe o direito de pensar diferente. Aprendi nestes quarenta e cinco anos de militância, que com efeito, na política a linguagem nunca é inocente, ela está sempre em disputa. Os rótulos e slogans são próprios das simplificações ideológicas. Como o medo, a linguagem é um ingrediente inerente à luta política. Seu uso tende a ser generalizado, indiscriminado e perigoso!
É preciso preservar o direito de divergir. Porém, isto não significa aceitar ser acometido pela cegueira política, própria dos fanáticos que alimentam o ódio. Há também os que se recusam a ver, embora enxerguem com os olhos. Os que inadvertidamente atropelam a democracia, ainda que paradoxalmente em nome da democracia, semeiam os frutos amargos do autoritarismo. Como escreve Saramago: “É uma grande verdade a que diz que o pior cego foi aquele que não quis ver”.
Padre Carlos
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