A vida é um dom de Deus

Não podemos tampar o sol com uma
peneira, infelizmente, temos que admitir que o sistema
carcerário esta falido, superlotado e entranhado pela corrupção e dominado pela
disputa de poder entre facções criminosas; são poucas as medidas que tentam, de
fato, resolver o problema. Assim, nos tornamos a mão destes carrascos ao fechar
a todo o momento os olhos e não denunciamos os verdadeiros responsáveis,
aqueles que tinham o poder de evitar. Sabíamos do histórico de rebeliões nos
presídios do Estado do Amazonas, no entanto não fizemos nada e a nossa inercia
misturada com a nossa omissão, levaram mais uma vez, a testemunhar a falta do
estado nestes acontecimentos que levaram dezenas de mortos.
O mesmo
estado que hoje condenou quarenta e duas pessoas à morte, protege com todo o
rigor da justiça os transgressores bem-nascidos e a elite política e econômica.
Cuidamos bem da elite que vai parar
atrás das grades, sempre com a esperança que ela possa retornar ao convício
social como se nada tivesse acontecido.
Já com os “Josés” e as “Marias” de sempre a coisa é diferente. Não queremos ressocializar ninguém. Para que mesmo vamos dar mais uma chance para aqueles que não merecem ter oportunidades, pois nasceram pobres e pobres devem morrer. Assim é a política do novo governo: “bandido bom é bandido morto”.
Desta forma, nosso modelo de masmorra medieval é aplicado na Amazonas e no resto do país, serve bem, pois lá se pratica toda sorte de castigos corporais e mentais. Lá se aniquila aos poucos, e com requintes de crueldades, aqueles que nos achamos que, afinal de contas, merece mesmo isso tentar retomar o controle das cadeias.
Como Padre e coordenador da Pastoral Carcerária, tive a oportunidade de visitar vários presídios e constatar que existe na verdade uma reprodução de um modelo que é nacional. Vimos que a questão carcerária não é parte das políticas públicas de segurança e que os presídios são a válvula de escape para quando todo o resto falhar.
O governo parece dizer que não temos direitas as políticas públicas nas áreas de educação, saúde e moradia e se a falta desta política falharem, pois sempre teremos as masmorras para atirar os que o Estado não conseguir atingir com seu enorme braço.
Já com os “Josés” e as “Marias” de sempre a coisa é diferente. Não queremos ressocializar ninguém. Para que mesmo vamos dar mais uma chance para aqueles que não merecem ter oportunidades, pois nasceram pobres e pobres devem morrer. Assim é a política do novo governo: “bandido bom é bandido morto”.
Desta forma, nosso modelo de masmorra medieval é aplicado na Amazonas e no resto do país, serve bem, pois lá se pratica toda sorte de castigos corporais e mentais. Lá se aniquila aos poucos, e com requintes de crueldades, aqueles que nos achamos que, afinal de contas, merece mesmo isso tentar retomar o controle das cadeias.
Como Padre e coordenador da Pastoral Carcerária, tive a oportunidade de visitar vários presídios e constatar que existe na verdade uma reprodução de um modelo que é nacional. Vimos que a questão carcerária não é parte das políticas públicas de segurança e que os presídios são a válvula de escape para quando todo o resto falhar.
O governo parece dizer que não temos direitas as políticas públicas nas áreas de educação, saúde e moradia e se a falta desta política falharem, pois sempre teremos as masmorras para atirar os que o Estado não conseguir atingir com seu enorme braço.
Padre Carlos
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