Quando saiu o resultado sobre o julgamento
do habeas corpus do presidente Lula, sentir que não havia há quem mais recorrer
e confesso que sentir vergonha da justiça que praticamos. Como disse certa vez
Rui Barbosa: “a pior ditadura é a ditadura do Poder
Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”.
Apesar da inversão de pauta ser perfeitamente
comum em casos que se encontram réus pesos, sentir no ar que algo estava fugindo
da minha compreensão e manter na pauta o habeas corpus com toda aquela
naturalidade, só seria possível se duas questões estivessem se consolidando
entre os magistrados. A primeira seria que a Corte estaria disposta a absolver que
a narrativa do conluio era falsa; e a segunda é a vitória mais uma vez da mão invisível,
diante das sentenças contra o presidente.
A história de Cosme tem o tempero dos “causos” narrados pela gente do povo, mas
também conta com boa dose de verdade. Mulato nascido no Subúrbio, filho de um
pequeno comerciante de Salvador com apenas o antigo primário completo,
tornou-se advogado provisionado (rábula) e passou a vida defendendo milhares de
clientes que, sem condições financeiras, de outra forma não teriam condições de
uma defesa.
Podemos dizer que Cosme de Farias somava inteligência, astúcia e humor na argumentação em favor dos pobres e da busca incessante da justiça. Alguns episódios eram hilários e se tornaram lendas no meio jurídico. “O resultado da revolta contra a injustiça que estavam cometendo contra um réu”, na primeira metade do século XX, pode exemplificar isso.
O rábula ergueu-se na plateia e se aproximou do juiz e dos jurados com uma vela na mão, tinha em seu semblante ares de quem procurava algo no chão. Intrigado e, de certa forma, irritado, o magistrado perguntou o que motivara tal gesto. Em bom som, ele respondeu: “A Justiça, meu senhor, que nesta casa anda escondida”.
São com estas palavras de Cosme de Farias, que perguntamos com todo respeito ao STF: onde se encontra a justiça desta casa, que não quer enxergar que tiraram do réu todo e qualquer direito de se defender. Agiram de forma covarde contra uma pessoa indefesa, usando de forma indevida as instituições e o estado brasileiro para condena-lo.
Podemos dizer que Cosme de Farias somava inteligência, astúcia e humor na argumentação em favor dos pobres e da busca incessante da justiça. Alguns episódios eram hilários e se tornaram lendas no meio jurídico. “O resultado da revolta contra a injustiça que estavam cometendo contra um réu”, na primeira metade do século XX, pode exemplificar isso.
O rábula ergueu-se na plateia e se aproximou do juiz e dos jurados com uma vela na mão, tinha em seu semblante ares de quem procurava algo no chão. Intrigado e, de certa forma, irritado, o magistrado perguntou o que motivara tal gesto. Em bom som, ele respondeu: “A Justiça, meu senhor, que nesta casa anda escondida”.
São com estas palavras de Cosme de Farias, que perguntamos com todo respeito ao STF: onde se encontra a justiça desta casa, que não quer enxergar que tiraram do réu todo e qualquer direito de se defender. Agiram de forma covarde contra uma pessoa indefesa, usando de forma indevida as instituições e o estado brasileiro para condena-lo.
Isto se tornou um escândalo de proporções internacional e com
certeza terá consequências gravíssima para que possamos voltar acreditar no
estado de direito.
Diante de tais fatos,
negar o HC ao presidente Lula é ferir de morte o estado de direito e colocar o
Supremo em um patamar que eu não gostaria de ver a Corte do meu país.
Padre Carlos
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