O medo da inteligência
Decidi escrever este breve artigo impulsionado pelo
duplo sentimento da urgência de entendermos os motivos que nos levaram a
relações fratricidas dentro do Partido dos Trabalhadores e demostrar de forma clara
minha preocupação com este comportamento de alguns militantes, o objetivo
destes elementos, é transparecer para a sociedade que o partido estaria
dividido, além disso, minha indignação com toda esta situação.
Venho há muito tempo dizendo da necessidade de pacificar e
repactuar o Partido dos Trabalhadores em Vitória da Conquista.
Quando falo estas coisas, quero dizer que nós também fazemos parte deste
partido e apesar de representarmos politicamente uma parcela desta força
política, até o momento só servimos para defender o projeto e participar das
eleições.
Não podemos esquecer a diáspora que
provocou a saída de alguns companheiros da nossa cidade e até hoje não foi
feita uma avaliação junto com uma autocritica, que levaram estes companheiros a
deixarem Vitória da Coquista.
Se não tivemos responsabilidade direta com relação à saída destes, fomos
omissos como dirigente e lideranças partidária.
Quando tomamos conhecimento através das redes sociais e da imprensa sobre as
acusações levianas contra o vereador Coriolano Morais, dando a entender, um
desvio ético e um rompimento com a posição política do mesmo ao Partido no
município, ficamos sem entender, pois nunca vimos neste parlamentar, tal
comportamento.
Não considerar o Vereador como um dos
quadros do Partido é ofender o conjunto de todos os filiados.
Com isto, este membro do partido
procura atassalhar a honra de um homem de bem, de um professor, parlamentar e
pai de família honrado, como é o Prof. Cori. A atitude do militante é fruto de
consciência perversa.
Todos estes acontecimentos e injustiças me lembram de outra história.
Quando Winston
Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o
seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho
parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho
naquela assembleia de vedetas políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu
jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro
discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na
sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje,
deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."
E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao
pupilo que se inicia numa carreira política. A maior parte das pessoas
encasteladas em posições de destaque é medíocre e tem um indisfarçável medo da
inteligência. Isso na Inglaterra.
Imaginem aqui noutros países. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy
Barbosa:
"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico
pensando que a burrice é uma Ciência."
E em parte foi isto que aconteceu com meu amigo. Uma das principais armas dos
covardes é a calúnia. A calúnia toma proporções incomensuráveis. Destrói
carreira política, amizades, uma família. Dói mais do que um tapa no rosto.
Porque a calúnia machuca por dentro, é mais humilhante do que uma cuspida na cara
, porque a calúnia é falsa, é leviana. O cuspe a gente limpa, o tapa, as
feridas e marcas saem com o tempo, mas as feridas da calúnia, ahh, essa faz
tanto mal como uma guerra.
Neste momento, faço das palavras de Martin Luther King as minhas: “O que me
preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Estas palavras
reflete a natureza exata! É sob o silêncio cúmplice dos homens que deveriam nos
defender que alguns dos maiores crimes acabam sendo perpetrados.
Padre Carlos Roberto Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário