Qual o nosso objetivo?
Os artigos que tenho publicado é fruto de
quarenta e cinco anos de militância. Todos giram em torno da filosofia
política, sua característica, potencial e, também,
as suas dificuldades. Podemos dizer que foram escritos querendo praticar esta
matéria de estudo filosofando com
vocês. Escrever não é fácil, isso todo mundo já está cansado de saber,
principalmente quando nos propomos a certos assuntos como: filosofia,
antropóloga e história, buscando assim com este trabalho uma abordagem
conjuntural. Mesmo sabendo de todas estas dificuldades, não desisto nem me
intimido de colocar no papel meus sentimentos e as felicidades e dores de todos
aqueles que estão precisando de alguém que possa traduzir. Assim, aprendi que as
dificuldades de escrever e entender o inconsciente de um povo faz parte destas
pessoas que se propõe a mergulhar cada vez mais neste mundo das ideias e só assim
poderão se sentir um verdadeiro artesão das palavras e conseguir de forma
precisa interpretar as alegrias e tristeza de um povo marcado pelo sofrimento e
esquecido pelos poderes públicos e pelo estado brasileiro.
Assim,
acredito ter deixado claro o nosso objetivo.
A ideia de uma espora surgiu das leituras de Aristóteles, ela me lembra do conceito de animal político e nos remete ao estimulo que faz o animal sair de sua inercia. Ah! Se eu pudesse de alguma forma no campo das ideias esporar, estimular, avivar, espicaçar, incitar incentivar e desta forma encorajar a todos que queiram nos honrar com suas atentas leituras, tenho certeza que seria a espora do saber.
O que eu desejo mesmo é provocar reações no leitor, capaz de sair da inercia política e se envolver com a luta de um mundo melhor.
Só
assim poderemos entender o que queria dizer aquele antigo compositor cearense,
que a pouco nos deixou: “Não me peça que eu lhe faça /Uma canção como se deve /
Correta, branca, suave / Muito limpa, muito leve / Sons, palavras, são navalhas
/ E eu não posso cantar como convém / Sem querer ferir ninguém” (Belchior).·.
Padre Carlos
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