Por que erramos
Todos nós cometemos
erros. Um dos maiores que podemos cometer é acreditar que não os cometemos. Se
entendermos isso, teremos condições de reconhecer
quando erramos e não cometermos os mesmos desacertos e equívocos políticos que
tanto nos custaram. Um dos vários que temos que admitir é que nunca assumimos
uma briga frontal contra os meios de comunicação antinacionais e antipopulares,
em especial a Rede Globo, como o atual governo fascista vem fazendo. Sequer
construímos paralelamente nossas redes alternativas de comunicação e só agora
na clandestinidade do poder vamos aos pouco com ajuda da militância fazendo o
que deveríamos ter feito no governo. A Constituição prevê, em seu Artigo 220, a
mais ampla liberdade de expressão de pensamento, que defendemos ferrenhamente.
Agora, o mesmo item que trata da comunicação social, proíbe a existência de
oligopólios e monopólios na comunicação. Nós deveríamos ter insistindo para
regulamentar [de acordo com] a Constituição no que diz respeito a esses
artigos. Considero essa uma das mais importantes reformas que deixamos de fazer,
ao lado da reforma política e das péssimas escolhas dos ministros do TSF.
Na verdade, nossa tática foi a da conciliação de classe sem construção de retaguardas. Havia a crença de que era possível estabelecer um pacto social com a burguesia para um processo lento, gradual e seguro de mudanças sociais que, em médio prazo, nos levariam à construção do tão sonhado estado de bem-estar social à brasileira.
Perdemos uma geração inteira, durante os nossos governos, formamos burocratas longe das lutas populares, ao viés de forjar militantes da transformação social. Fomos responsáveis por não politizar nossa juventude e nem organizamos suficientemente o povo. Eu sou de uma geração que formar quadros nos movimentos sociais, aptos a governar era de fundamental importância para a luta popular.
Onde
está o povo que foi beneficiado com as mudanças que fizemos? Não tivemos
capacidade de organizar a massa beneficiada por nossos programas sociais. Quem
dera, tivéssemos organizados e politizados, a partir do Bolsa Família; Minha
Casa Minha Vida; Prouni; Mais Médicos; etc.… Se isso tivesse sido feito, a
direita não conseguiria dar nenhum golpe, como a Venezuela fez. Na verdade, não
tínhamos povo organizado para defender o legado das políticas públicas. Mas,
apesar de todos estes erros, a habilmente manejada pelo presidente Lula,
garantia um pacto social que equilibrava as forças sociais e garantia uma vida
melhor para todos. O que não entendíamos, é que Lula não é eterno e que a
direita poderia destruí-lo, como vem tentando.Na verdade, nossa tática foi a da conciliação de classe sem construção de retaguardas. Havia a crença de que era possível estabelecer um pacto social com a burguesia para um processo lento, gradual e seguro de mudanças sociais que, em médio prazo, nos levariam à construção do tão sonhado estado de bem-estar social à brasileira.
Perdemos uma geração inteira, durante os nossos governos, formamos burocratas longe das lutas populares, ao viés de forjar militantes da transformação social. Fomos responsáveis por não politizar nossa juventude e nem organizamos suficientemente o povo. Eu sou de uma geração que formar quadros nos movimentos sociais, aptos a governar era de fundamental importância para a luta popular.
Fomos facilmente derrotados por uma coalizão que ajudamos a unificar. É claro que não podemos cometer os erros dos nossos governos passados. Sabem que não se governa sem conseguir deslocar uma parte da elite política e econômica. Nós que enchemos o peito pra dizer: Lula Livre, temos que ter consciência que se tivéssemos feitos as reformas nos quatorze anos do nosso governo, à direita e o fascismo, não teria ousado prender e manter encarcerado o nosso presidente. Hoje, temos certeza de que a correlação de forças da sociedade, só permitirá isso se formos todos para a rua e lutar com toda força pelo nosso legado.
Que todos estes acontecimentos, nos faça aprender com os erros que cometemos no passado recente.
LULA LIVRE.........Rumo a Greve Geral...........
Padre
Carlos !
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